Da Agência Brasil
Para marcar a abertura do Mês de
Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil, celebrado este mês, o
Comitê de Proteção Integral às Crianças e Adolescentes do Rio de Janeiro
lançou hoje (7) a campanha "Não Desvie o Olhar", cujas ações objetivam
combater a exploração sexual de crianças e adolescentes durante a Copa
do Mundo.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, Ideli Salvatti, informou que o trabalho de
combate ao abuso contra crianças e adolescentes durante a Copa das
Confederações serviu de exemplo para aprimorar as ações que devem
ocorrer durante o Mundial deste ano.
“Esse ato consolida a
parceria entre governo federal, estadual e prefeitura do Rio de Janeiro.
Estamos fazendo essas parcerias em todas as cidades-sede da Copa para a
gente poder ter ações integradas para proteger, prevenir e denunciar a
exploração e a violência sexual contra as nossas crianças e
adolescentes”, explicou.
Durante o Seminário de
Integração das Ações de Proteção Integral de Crianças e Adolescentes
para a Copa do Mundo, organizado pelo Comitê de Megaeventos do Rio de
Janeiro, também foi apresentado o aplicativo Proteja Brasil, projetado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Feito para smartphones e tablets,
o programa incentiva as pessoas a denunciarem violências contra
crianças às autoridades responsáveis e indica telefones para denúncias e
endereços de delegacias, conselhos tutelares e organizações que atuam
na defensa de crianças e adolescentes. O Proteja Brasil também fornece
informações sobre os diferentes tipos de violências.
“O aplicativo foi uma coisa maravilhosa que uma 'gurizada' da Bahia produziu. Você baixa no smartphone e,
no aplicativo você, imediatamente, localiza no entorno de onde você
está todo tipo de estrutura para acompanhar qualquer tipo de violência
ou exploração contra a criança, como delegacias e conselhos tutelares”,
avaliou a ministra.
O presidente da Fundação para a Infância e
Adolescência (FIA-RJ), Clovis de Oliveira Paradela, defendeu que o
combate à violência precisa ser feito diariamente.
“Um megaevento
como esse, ainda mais com a propaganda que se faz em torno do Brasil,
muitos veem como oportunidade de turismo sexual. Isso aumenta ainda mais
o risco das crianças e adolescentes no Brasil no que se refere à
violência sexual. Nós precisamos estar atentos e melhores articulados
para combater sempre esse tipo de violência”, defendeu.
Segundo
Paradela, diversas ações vão ocorrer durante o Mês de Enfrentamento da
Violência Sexual Infantojuvenil. “No dia 27 de maio, teremos outro
seminário. Em diversas cidades, vão acontecer ações como essa para
chamar a atenção da sociedade civil. Vale a pena lembrar que, no dia 18
de maio, temos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de
Crianças. Suspeitou de algum caso de abuso à adolescente, disque 100 e
denuncie”, reforçou.
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