A segunda edição do estudo realizado em parceria entre a Pearson
Internacional e a divisão de pesquisas da The Economist, divulgado nesta
semana, mostra que o envolvimento dos pais e familiares na vida escolar
impacta consideravelmente a motivação dos estudantes, assim como o
trabalho conjunto interno, entre professores e direção. A Curva do Aprendizado
(The Learning Curve, em inglês) é uma pesquisa abrangente que considera
uma série de dados internacionais, como os resultados de avaliações de
desempenho, para criar um ranking próprio e trazer proposições sobre
aspectos que podem ajudar a melhor as realidades educacionais em
diferentes contextos.
Segundo o estudo, os últimos resultados do Pisa possibilitam uma nova
compreensão sobre o quão importante é o envolvimento e a participação
de todas as partes envolvidas na educação – alunos, familiares,
professores e gestores. Por exemplo, uma escola onde professores e
direção trabalhem em conjunto para gerir a instituição, funcionando
assim de maneira mais autônoma, tende a produzir melhores resultados de
desempenho e aumentar o engajamento de toda a comunidade escolar.
Outro fator relevante que a pesquisa aponta é em relação à
expectativa dos pais e familiares sobre o bom rendimento dos alunos.
Quando essa expectativa é elevada, a motivação e a perseverança dos
estudantes também tende a ser, os levando a ter um desempenho melhor por
se sentirem mais estimulados e motivados a estudar.
A conclusão do estudo, a partir destes novos dados, sugere que
lugares que demonstram sucesso em habilidades básicas como alfabetização
e numeramento não contam apenas com educadores eficientes e autônomos
seguindo objetivos e metas claras e definidas. Mas sim são eficientes
também em fazer com que os estudantes se envolvam e se engajem no
processo educacional e que suas famílias deem suporte na busca por
melhores resultados. Ou seja, que toda a comunidade possua uma cultura
favorável à educação.
Ranking
O estudo é composto por um índice que analisa e classifica o
desempenho educacional em 39 países e Hong Kong, que leva em conta
habilidades cognitivas e de desempenho escolar a partir do cruzamento de
indicadores da OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como o
Pisa, Timms (Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e
Ciência) e avaliações do Pirls (Progresso no Estudo Internacional de
Alfabetização e Leitura).
Nesta edição, o Brasil subiu uma posição no ranking e está em 38º
lugar, mas mesmo assim está entre os países que registraram queda no
índice de desempenho escolar e habilidades cognitivas, ao lado de
Argentina e México, que também estão no grupo das seis nações com a
maior variação negativa em relação à média global (Tailândia, Colômbia,
Argentina, Brasil, México e Indonésia).
A Finlândia, que aparecia em primeiro lugar em 2012, caiu para a 5a
posição devido a um resultado mais baixo registrado nos exames de
matemática e ciência. Na linha de frente aparecem Coreia do Sul, Japão,
Cingapura e Hong Kong.
“O mais importante [do estudo] é a possibilidade de identificar pelo
banco de dados da Curva de Aprendizado quais e como fatores sociais,
econômicos e educacionais influenciam na qualidade da educação; e com
essas informações identificar exatamente onde investir e atuar”, afirma
Giovanni Giovannelli, presidente da Pearson no Brasil.
Fonte: O Porvir.
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