Eventos extremos climáticos - como o derretimento de calotas polares -
serão cada vez mais comuns devido a intensificação das mudanças
climáticas. (©Bernd Roemmelt/Greenpeace)
A Antártida, uma das maiores camadas de gelo do mundo, está sofrendo
danos irreparáveis devido às mudanças climáticas e lentamente sumirá do
Terra. É o que revela estudo divulgado pela NASA publicado pela revista
Geophysical Research Letters.
A pesquisa analisou 40 anos de dados obtidos por satélites, aviões e
estudos de solo e concluiu que o derretimento está acontecendo mais
rápido do que o esperado. Um dos fatores que foram fundamentais para
identificar tal mudança foi o aumento do nível do mar causado pelo
aquecimento global.
“O entendimento é de que isso elevará ainda mais o nível do mar além
do que era esperado e o principal culpado por essa alteração é o homem”,
afirma Renata Camargo, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace
Brasil.
Não é mera coincidência que os cientistas do IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) tenham chegado à mesma
conclusão quando publicaram a primeira parte de seu quinto relatório. Em
setembro de 2013, eles confirmaram a responsabilidade do ser humano no
aquecimento do planeta e atualizaram as previsões sobre as mudanças no
sistema climático. “Se nenhuma medida for tomada não apenas a Antártida
estará ameaçada, mas todos os continentes serão gradualmente atingidos
pelas mudanças climáticas”, continuou Camargo.
Dados do relatório do IPCC mostram que um dos maiores responsáveis
pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa e, consequentemente,
do aquecimento global é o setor de transportes. De 1970 a 2010, suas
emissões mais que dobraram e se nada for feito a expectativa é de que
cresçam como nenhuma outra até 2050, puxada principalmente pelos países
emergentes. E o Brasil segue essa lógica já que entre 1990 e 2012 as
emissões do setor de transportes subiram 143%.
Todos devem agir para responder à essa crise global do clima:
governos, indústria e sociedade civil. A COP20 (Conferência da ONU para
Mudanças Climáticas) no final do ano no Peru será um momento crucial
para que os governos ajam para reverter esse quadro de derretimento das
geleiras, de inundações no Rio Madeira, de seca na região Sudeste
brasileira, savanização da Amazônia e tantos outros exemplos das
mudanças climáticas.
“O Brasil tem um papel central no combate das mudanças climáticas
como um país que pode apontar os rumos para um novo modelo de
desenvolvimento. Antes, precisa fazer seu dever de casa nacionalmente
reduzindo suas emissões consideravelmente e protegendo seu patrimônio
florestal. E internacionalmente deve assumir responsabilidades nas
negociações climáticas compatíveis com seu papel de grande economia
mundial”, disse Camargo.
Diante dos resultados das pesquisas e dos avisos dos cientistas é
inegável que o momento de agir é agora. Este ano fundamentos básicos
deve ser construídos na COP20 para que um novo acordo global seja
assinado em 2015, em Paris, para substituir o Protocolo de Kyoto e
vigorar a partir de 2020.
Fonte: greenpeace.org.br
CEPRO – Um
Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
Alameda Casimiro de Abreu, 292, Bairro Nova
Esperança - centro
Rio das Ostras
Tel.: (22)
2771-8256 e Cel.:(22)9966-9436
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Twitter: http://www.twitter.com/CEPRO_RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário