Coleta seletiva volta a avançar em S.Paulo, depois de abandonada por quase uma década. Há pouco, maior cidade do país reciclava apenas 1,8% dos resíduos gerados
A gestão de Fernando Haddad entregou à cidade de São Paulo, na
última terça-feira (23), 11 novos caminhões para coleta seletiva de
lixo. Com eles, a prefeitura
promete implantar até outubro coleta seletiva em todas as ruas de 17
distritos (que já recolhem recicláveis em algumas ruas) e iniciar coleta
parcial em outros dez: Jardim São Luís, Cidade Dutra, Grajaú, Socorro,
Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Ermelino Matarazzo, Ponte
Rasa e Tucuruvi.
Os 17 distritos que já eram atendidos parcialmente e agora terão todas as ruas atendidas com o serviço são: Tucuruvi, Bela Vista,
Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília,
Sé, Jaguara, Jaguaré, Lapa, Perdizes, Vila Leopoldina, Barra Funda,
Mandaqui e Santana.
A meta do atual governo
para a coleta seletiva de lixo é que a cidade atinja 10% das ruas até
2016. São Paulo coletava 1,8% dos resíduos recicláveis até o primeiro
semestre deste ano. Com os novos caminhões, deve ampliar a coleta para
6%.
Desmanche
Para quem, como eu, começou a fazer a separação doméstica do lixo
reciclável, ou lixo limpo, com a implantação da coleta seletiva pela
prefeita Luiza Erundina (1989-1993), é triste ver o quanto andamos pra
trás. O lixo espalhado nas ruas da cidade, e a mistura de materiais recicláveis e orgânicos nos cestos de lixo municipais são um osso diário duro de roer.
Na gestão Marta Suplicy (2001-2005), a coisa avançou. A taxa do lixo
instituída por ela levou muitos condomínios a implantarem a separação do
lixo junto aos moradores – já que isso os isentava de pagar o tributo.
Ao sucedê-la, José Serra deu início ao retrocesso. O tucano usou a taxa
para atacar a prefeita e, eleito, foi logo acabando com ela. Daí pra
frente, com seu vice Kassab, a coisa degringolou de vez.
Campanhas educativas
Menos mal que há gente separando o lixo em casa e levando para pontos
de coleta espalhados pela cidade. E que o programa SP Recicla está
acontecendo. Mas é ainda muito pouco.
É preciso fazer amplas campanhas educativas para que as pessoas
saibam como dar destino correto ao lixo doméstico. Além, principalmente,
de reduzir e reutilizar. O que separar, lavar ou não lavar, o que fazer
com aqueles materiais híbridos, tudo isso precisa ser esclarecido para a
população paulistana, assim como lutar contra a cultura das embalagens e
do saco plástico.
No momento em que a prefeitura já deu início a um programa
experimental de compostagem dos resíduos orgânicos, o Composta São
Paulo, é hora de enfrentar as montanhas de lixo reciclável que teimamos
em produzir e, muitas vezes, abandonar pelas ruas.
Enquanto isso, fique atento. Confira se sua rua é atendida pela coleta seletiva e quando ela acontece:
Fonte: Outras Palavras.
CEPRO – Um
Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
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Esperança - centro
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