Nos anos de 1960, uma garotinha de classe média de Buenos Aires,
indignada com as notícias de violência e guerras, gritou: “Parem o
mundo, que eu quero descer”. Essa e muitas outras frases de Mafalda - principal
personagem de quadrinhos do cartunista argentino Quino – deram a volta
ao mundo, foram traduzidas em 20 línguas e continuam atuais. É por isso
que, nesta segunda-feira (29), velhos e novos fãs da menina
inconformista, que vivia questionando políticos, economistas e adultos
em geral, vão comemorar seu cinquentenário.
Mafalda
ja tem uma estátua em San Telmo mas, aos 50 anos, não estará mais
sozinha: vai festejar o aniversário com dois amiguinhos, a fofoqueira
Susanita (que só pensa em casar com um bom partido e ter filhos) e o
materialista Manolito (cujo sonho é ter uma enorme rede de supermercados ), que também vão ganhar estátuas nesta segunda-feira.
Baixinha, de cabelos curtos
adornados por um enorme laço, Mafalda nasceu com seis anos e – apesar
de ter sobrevivido menos de uma década (Quino decidiu parar de
desenhá-la em 1973, três anos antes do último golpe militar argentino) –
ganhou fama internacional. O escritor e sociólogo italiano Umberto Eco,
autor de O Nome da Rosa, chegou a batizá-la de “heroína enraivecida”.
Mafalda
comentava os acontecimentos da época: eram tempos de Guerra Fria e
ditaduras na América Latina. Mas suas frases, criticando a injustiça
social, a destruição do meio ambiente e a falta de sensibilidade dos
governantes, parecem ter sido ditas ontem. É o caso da tirinha em que
pergunta o que há de errado com a “família humana” e que “todos querem ser o pai”.
Aos
81 anos, o próprio Quino manifesta sua surpresa com a personagem que
ganhou vida própria. Em entrevista em abril passado, na inauguração da
Feira do Livro em Buenos Aires, ele disse: “Fico
surpresa quando vejo como temas que abordei há 50 anos permanecem
atuais. Ate parece que desenhei a tira hoje. Deve ser porque o mundo
continua cometendo os mesmos erros”.
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