O total de
veículos nas ruas do Brasil mais que dobrou nos últimos dez anos. Em dezembro
de 2010, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) registrou o total de
64,8 milhões automóveis nas ruas do país. E não para por aí, a Agência
Internacional de Energia apontou que em 2035 haverá cerca de 1,7 bilhão de
veículos nas ruas.
No Rio de
Janeiro, por exemplo, as pessoas gastam, em média, quase uma hora e meia no
percurso casa-trabalho, sendo que 5% da população chega a perder mais de duas
horas no trânsito. O EcoD
mostrou que, entre
os cariocas, o ônibus foi citado como principal meio de locomoção, com cerca de
47% de usuários, já 19% dos entrevistados na pesquisa vão a pé para o trabalho,
10% usam van, 3% o metrô, e 1% se locomove de trem.
Então nos
perguntamos: Como é possível melhorar o trânsito no Brasil? Veja alguns
exemplos.
·Compartilhamento
de carros
O EcoD
já apresentou como solução
o car sharing, que é o compartilhamento de carros por curtos períodos de
tempo. O modelo de aluguel permite que o motorista utilize o automóvel e
deixe-o em um lugar estratégico para que o próximo locatário possa dirigir.
Segundo um
estudo da Universidade de San José, na Califórnia, feito com empresas do ramo
nos Estados Unidos, um único automóvel pode ser usado por até 13 pessoas
durante o dia.
A
norte-americana ZipCars detém quase metade do mercado mundial e cobra US$
8,00 por hora de uso, em qualquer dia da semana. No Brasil, o valor está entre
R$ 13,00 e R$ 47,00.
·Pedágio
Urbano
Cobrar
pedágio nas áreas centrais da cidade mostrou ser uma solução de sucesso em Londres
e em Cingapura. Os recursos arrecadados no pedágio são investidos no transporte
público.
Bogotá foi
opaís
pioneiroda
América Latina a aderir ao modelo, em 2012. Segundo o prefeito da cidade,
Gustavo Petro, a cobrança não é pela posse do carro e sim por utilizá-lo em
áreas de riscos.
Além de ser
uma ferramenta para combater o congestionamento, o pedágio urbano também
auxilia as cidades a economizarem bilhões de dólares em perda de produtividade
econômica, custos com saúde pública e ainda ajuda a melhorar a qualidade
ambiental da região.
·Corredores e
faixas exclusivas para o transporte público
Curitiba e
Bogotá já utilizam essa solução e cada vez mais cidades aderem ao modelo.
Reservar uma faixa exclusiva para o transporte público é uma maneira de
garantir agilidade no percurso, segundo especialistas. Na capital paranaense, o
sistema é utilizado desde 1974.
Um dos
projetos para a Copa do Mundo de 2014 são corredores expressos, como previsto
no Rio de Janeiro, que pretende beneficiar cerca de 1,5 milhão de passageiros
diariamente. O T5 garantirá 28km de faixa exclusiva para ônibus ligando Barra à
Penha e os BRTs
(ônibus de trânsito rápido)estarão na Avenida Brasil, Barra-Deodoro e Barra-Zona Sul.
·Ciclovias e
ciclofaixas
Cresce o uso da bicicleta como um meio de transporte nas cidades brasileiras. Porém o perigo de pedalar entre os carros pode fazer com que algumas pessoas temam usar a bike como o principal meio de transporte.
A prefeitura
de São Paulo, cidade conhecida por seus extensos engarrafamentos, pretende
implantar 400 km de vias exclusivas para as bicicletas até 2016, o projeto é
intitulado Sou
+ SP de Bicicleta.
Recentemente,
ciclistas da capital paulista se reuniram para cobrar medidas de segurança no
trânsito. Ainiciativa foi
motivada pelo acidente com o jovem de 21 anos, o limpador de vidros David
Santos, que teve o braço decepado ao ser atingido por um carro em alta
velocidade enquanto pedalava na ciclofaixa da Avenida Paulista.
·Carros para
mais passageiros e pistas de incentivo para caronas
Dados apresentados
no EcoD apontam que
se todas as pessoas que vão de carro ao trabalho pegassem uma carona uma vez
por semana, o trânsito das cidades diminuiria 12%. Isso representa toneladas de
CO2 que deixariam de ser emitidas e quilômetros de engarrafamento a
menos.
Por isso, outra
opção para diminuir o número de carros nas ruas é incentivar a carona. Nos
Estados Unidos, por exemplo, foram implantadas pistas exclusivas para
automóveis com mais de dois ou três passageiros, nas vias urbanas. A iniciativa
é uma tentativa de motivar os motoristas a oferecerem caronas.
A carona
solidária também pode ser uma boa opção. O modelo funciona tanto em empresas e
escolas quanto para pessoas do mesmo bairro. O sistema é simples: basta
encontrar alguém que tenha um itinerário parecido e combinar para que um dê
carona ao outro.
Pode
funcionar em revezamento (cada dia é utilizado o carro de uma pessoa) ou os
"caroneiros” podem contribuir com uma quantia referente ao combustível, por
exemplo. Não há limite de distância, pode ser uma carona para a próxima esquina
ou até outra cidade.
Fonte: EcoD
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