segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Caatinga e seu terceiro ano de seca prolongada


O Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril, foi marcado por um momento difícil. É que pelo terceiro ano consecutivo, o período de estiagem (mais conhecido como seca) segue prolongado. Quem afirma é Ariagildo Vieira, coordenador de projetos da ONG Caatinga. A realidade acentua os desafios da população do semiárido, que abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.

Para auxiliar a população a vencer os problemas do dia a dia, a ONG desenvolve projetos de agroecologia e instrui as famílias agricultoras a cultivar de maneira mais sustentável. “Um exemplo do nosso trabalho é a implantação de cisternas de 16 mil litros, que servem para o consumo das famílias do semiárido [beber e cozinhar], e de 52 mil litros, que são para produzir alimento e cultivar a agricultura durante a estiagem”, explica Vieira.

De acordo com o coordenador da organização, as famílias que moram nesses locais precisam de mais atenção em períodos de seca. “Ações para promover a cultura de estoque de água, de grãos, a implantação de bancos de proteínas são alguns exemplos de tecnologias que devem ser oferecidas para que a população possa desenvolver atividades para a geração de renda”, afirma Vieira. Ele também indica a recuperação das áreas degradadas, sobretudo perto de riachos e rios, como um ponto importante para que o solo tenha boas condições de cultivo.

Fertilidade da caatinga

O bioma exclusivamente brasileiro, cuja área equivale a 11% do território nacional, possui um solo fértil. O diretor de agricultura da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), João Bosco Ramalho, explicou que a fertilidade das terras do bioma se dá porque o solo é mais novo e raso. Além disso, as plantas da caatinga, classificadas como caducifólias, realizam fotossíntese durante o período de chuva e eliminam matéria orgânica, que é transformada em nutrientes que cobrem o solo e o protege durante a seca.
Ramalho aponta o Programa Quintais Agroflorestais como uma boa opção para os agricultores. Segundo ele, o projeto governamental busca, por meio da educação continuada e implementação das áreas produtivas, o cultivo de alimentos e o enfrentamento das intempéries climáticas para garantir a segurança alimentar e a geração de renda para a população do semiárido.

“As famílias agricultoras precisam respeitar a natureza. É necessário proteger o solo, cobri-lo com os nutrientes necessários, forrá-lo com sementes de feijão de porco ou de corda e mucuna preta, por exemplo, para que ele resista ao período de estiagem e evite a evaporação”, frisa Ramalho.

Fonte: EcoD.


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