Em estudo divulgado hoje (24), o Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP) revela que de 2000 a 2013 foram registrados 1.758 casos
relacionados a tráfico de pessoas no Brasil. O caso mais recorrente é o
de redução de pessoas a condições análogas às de escravidão, com 1.348
casos.
Outros casos que apareceram nas estatísticas do Ministério
Público (MP) foram a entrega de filho menor para pessoa inidônea, com
127 registros; o aliciamento para fins de emigração (100 casos); o
tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual (37); e
tráfico internacional de pessoas (23 registros).
A Região Sudeste
é a recordista de casos, com 754. O Centro-Oeste aparece em seguida,
com 358 registros, ligeiramente acima da Região Sul (332 casos). O
estudo detectou também um aumento relevante de ocorrências entre 2010 e
2012. Nesse período, os registros relativos ao tráfico de pessoas no
Brasil passou de 211 para 416 por ano.
Os dados foram levantados a
partir de documentos judiciais e extrajudiciais de 23 unidades do MP.
“Com os dados, será possível estudar formas de padronizar e nivelar a
atuação do MP no combate ao tráfico de pessoas, a partir de uma agenda
comum para o enfrentamento do problema”, disse o conselheiro Jarbas
Soares, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do
CNMP, ao site da entidade.
O estudo pode ser visto na íntegra, na página do CNMP.
Fonte: Agência Brasil
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