Desses casos, 12 terminaram com morte. Para a ONG Artigo XIX, esse é um número incompatível com o Estado democrático de Direito
Denunciar a posse irregular de terras, o extrativismo ilegal, crimes
ambientais e o contrabando foram alguns dos motivos que levaram
ativistas a serem assassinados no Brasil em 2013. Doze pessoas foram
mortas em um total de 45 ataques graves à liberdade de expressão no
último ano, de acordo com o relatório Violações à liberdade de expressão da ONG Artigo XIX. Para a entidade, “esse é um número incompatível com o Estado democrático de Direito”.
Jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral foram um alvo mais
comum do que defensores de direitos humanos em geral. Segundo o
relatório, comunicadores sofreram 15 ameaças de morte, 2 sequestros, 8
tentativas de assassinato e 4 homicídios. Defensores de direitos
humanos, porém, foram vítimas de mais homicídios – oito foram
assassinados no último ano. Além disso, houve uma tentativa de
assassinato e 7 ameaças de morte.
Para a entidade, as consequências dos ataques não se resumem àqueles
sofridos pelos seus alvos diretos. “Impedir a liberdade de expressão de
um defensor de direitos humanos não é somente uma ameaça individual, mas
também funciona como uma maneira de desviar a atenção do tema da
mobilização e do ativismo político desses defensores, ou seja, impedir
que pautas maiores e de maior complexidade social sejam discutidas pela
sociedade e possivelmente abordadas de maneira transformadora,” diz o
relatório da entidade.
Funcionários públicos foram a maioria entre mandantes
Políticos, policiais e outros funcionários públicos são suspeitos de
serem os mandantes na maioria dos atentados relacionados a
comunicadores, em 23 dos casos. Em outras quatro ocorrências há pessoas
ligadas ao crime organizado e, em duas delas, empresários são suspeitos.
No caso dos defensores de direitos humanos, em 11 dos casos a suspeita é
a de que os mandantes tenham sido produtores rurais ou extrativistas.
Os dados foram coletados a partir de matérias publicadas em diversos
veículos de comunicação e outras redes, além de relatos de testemunhas
dos casos. Depois, a ONG se aprofundou em cada caso, fazendo entrevista
com as vítimas, pessoas próximas a elas, ativistas e autoridades. A
íntegra do relatório pode ser acessado no site da entidade.
Fonte: Carta Capital.
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