O Sertão vai virar mar? Ao que tudo indica, só no clássico
“Sobradinho”, de Sá e Guarabyra. No cenário atual, estudiosos do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o semiárido
tem grandes chances de virar deserto. Oficialmente, já foram
identificados quatro núcleos de desertificação no Nordeste, localizados
em Pernambuco, Ceará, Piauí e Paraíba. No total, a soma das áreas
registra 1.340 km² espalhados por 1.400 cidades – o espaço é equivalente
a 16% do território brasileiro.
No final de abril, os especialistas alertaram para a situação da
Paraíba, que é o estado mais afetado pela desertificação e pode virar
deserto em 100 anos, caso não elabore medidas para reduzir a degradação
ambiental que vem sofrendo. Segundo um relatório elaborado pela
organização não-governamental Greenpeace, mais de 72% do território
paraibano está suscetível ao processo de desertificação, afetando cerca
de um milhão de pessoas.
O ambientalista Roberto Almeida afirmou que a Paraíba está em
primeiro lugar no Brasil, quando o assunto é desertificação classificada
como grave. “Esse processo tem avançado”, destacou ao portal PB Agora.
Os municípios mais afetados são: Barra de Santa Rosa, Salgadinho, Frei
Martinho, Cuité e Picuí – e o Cariri ocidental.
Apenas 1,42% do território paraibano é juridicamente protegido contra
o desmatamento e outras ações que comprometem a existência de espécies
vegetais e animais. O percentual corresponde às terras indígenas e às
unidades de conservação federal e estaduais que ocupam 82,9 mil
hectares.
Você sabia?
O lago de Sobradinho é um dos maiores lagos artificiais do mundo, com
828 km² de área e 32.200 km³ de água. Situado no norte do estado da
Bahia, foi construído na década de 1970, mediante o represamento das
águas do rio São Francisco, com vistas ao aproveitamento hidroelétrico
do rio através da usina de Sobradinho, a maior do estado e uma das
maiores usinas hidrelétricas do Brasil.
Em torno do lago, estão os municípios de Casa Nova, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Sobradinho, cujas antigas áreas urbanas foram inundadas, em 1974, durante a formação da represa. O impacto ambiental que se produziu, à época, é lembrado nos versos de “Sobradinho”:
Adeus, Remanso, Casa Nova, Sento-Sé.
Adeus, Pilão Arcado, vem o rio te engolir.
Debaixo de água lá se vai a vida inteira.
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir.
Vai ter barragem no salto do Sobradinho,
e o povo vai-se embora com medo de se afogar.
O Sertão vai virar mar.
Dá no coração
o medo que algum dia o mar também vire Sertão
Adeus, Pilão Arcado, vem o rio te engolir.
Debaixo de água lá se vai a vida inteira.
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir.
Vai ter barragem no salto do Sobradinho,
e o povo vai-se embora com medo de se afogar.
O Sertão vai virar mar.
Dá no coração
o medo que algum dia o mar também vire Sertão
Fonte: EcoD.
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