Número é
equivalente à população total da Índia; Brasil entre as nações que mais
fizeram progressos na área e Moçambique entre as com maior déficit de
acesso à energia.
Cerca de 1,2 bilhão
de pessoas, quase o total da população da Índia, está sem acesso à
eletricidade. Já 2,8 bilhões dependem da madeira e de outros tipos de
biomassa para cozinhar e aquecer suas casas.
Os dados estão em um relatório produzido por especialistas de 15
agências das Nações Unidas e liderado pelo Banco Mundial. O Brasil é
citado entre as 20 nações que fizeram mais progressos, desde 1990, para o
acesso universal à energia. A eletricidade chegou a 3 milhões de
brasileiros por ano.
Consumo
China, Estados Unidos e Brasil estão entre as nações que mais
produzem e consomem fontes de energia renovável. O Brasil foi o terceiro
país onde mais cresceu o uso de combustíveis não-sólidos.
Mas a nação também está na lista das que têm as maiores demandas por
energia primária e onde há um dos maiores níveis de consumo.
Segundo o Banco Mundial, 80% das pessoas sem acesso à energia vivem
em áreas rurais, a maioria na África e na Ásia. A população dos dois
continentes representa três quartos do que usam combustíveis sólidos,
como madeira e carvão.
Déficit
Moçambique está entre os países com maior déficit de acesso: falta
luz para quase 20 milhões de pessoas. A nação africana de língua
portuguesa também tem um dos menores acessos a combustíveis não-sólidos.
Apesar da eletricidade ter chegado às residências de 1,7 bilhão de
pessoas entre 1990 e 2010, a população mundial aumentou em 1,6 bilhão de
habitantes no mesmo período.
Investimentos
O relatório é o primeiro de uma série que monitora os progressos da
iniciativa Energia Sustentável para Todos, lançada em 2011 pelo
Secretário-Geral Ban Ki-moon. A meta de acesso universal deve ser
alcançada até 2030.
O estudo destaca que o ritmo da expansão terá de dobrar para que o
objetivo seja alcançado. Para isso, países, organizações internacionais,
setor privado e sociedade civil devem aumentar os investimentos no
setor em US$ 600 bilhões.
O Banco Mundial sugere que a verba seja aplicada em expansão de eletricidade, eficiência energética e energia renovável.
Fonte: Rádio ONU
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