da Agência Brasil
A 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de
Museus (Icom), pela primeira vez sediada no Brasil, reúne a partir de
hoje (10) mais de 2 mil profissionais para discutir os rumos e as
tendências do setor. O encontro ocorre na Cidade das Artes, inaugurada
em maio deste ano na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O tema geral da
conferência − Museu (memória+criatividade)= Mudança Social − busca
enfatizar o papel transformador dos museus por meio da memória social.
Após
concorrer com Milão, na Itália, e com Moscou, capital russa, o Rio de
Janeiro foi escolhido como anfitrião do encontro por causa da
visibilidade que vem adquirindo, principalmente em função de eventos
como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Sede de 124
museus – sem falar nos outros 130 dos demais municípios fluminenses -, a
cidade oferece aos participantes da conferência uma vasta programação
paralela aos debates e às trocas de experiências entre os museólogos de
mais de 100 países.
“É
uma grande honra para o nosso país sediar esse grande encontro de
profissionais de museus de todo o mundo. A museologia social, tema
central da conferência, é um campo bastante inspirador e de prática já
consolidada entre os museus brasileiros”, eplicou Maria Ignez Mantovani
Franco, presidenta do Comitê Brasileiro do Icom (Icom Brasil). Segundo
ela, o evento, que vai até o próximo sábado (17), será inovador e
inclusivo, “apresentando uma programação que se espraiará pela cidade e
pelos museus do Rio de Janeiro”.
Fundado
em 1946, o Icom é a única organização mundial de museus e de
profissionais que atuam nesses espaços culturais. Com aproximadamente 30
mil membros e presente em 137 países, a entidade mantém relações
formais com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura (Unesco) e tem parcerias com a Organização Mundial de
Propriedade Intelectual, a Interpol (Polícia Internacional) e a
Organização Mundial de Alfândegas.
Com
essas três últimas entidades, o Icom participa da luta contra o tráfico
de bens culturais e do gerenciamento de situações de risco para o
patrimônio cultural em caso de desastres naturais ou causados pelo
homem. São duas questões que estarão em debate na 23ª conferência,
juntamente com temas como o intercâmbio entre museus, a difusão de
conhecimentos, a participação e mobilização qualificada do público e a
formação e qualificação dos profissionais do setor.
O
Comitê Brasileiro do Icom foi criado em 1948, no Museu Nacional de
Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Desde então, tem atuado junto à
comunidade museológica brasileira, participando de eventos nacionais e
internacionais e integrando a Política Nacional de Museus.
Realizada
em um país diferente a cada três anos, a conferência do Conselho
Internacional de Museus promove no Rio a segunda edição na América do
Sul. A primeira foi em 1986, na capital argentina, Buenos Aires. Para
esta 23ª conferência, o Icom Brasil contou na organização com a
correalização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao
Ministério da Cultura e das secretarias Estadual e Municipal de Cultura
do Rio. O evento tem patrocínios da Petrobras, do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de empresas privadas.
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Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
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