País está atrás de Chile, Peru, Argentina e Colômbia em uma
avaliação que leva em conta dados ambientais, sociais e de governança;
Suécia é a primeira colocada.
Quando se fala em classificar um país de acordo com a
“sustentabilidade”, sempre é difícil imaginar que tipo de critérios
serão avaliados, já que o termo muitas vezes é interpretado de forma
diferente por cada instituição que se dispõe a fazer esse tipo de
medição.
Porém, o mais recente ranking de sustentabilidade,
publicado neste mês pelo grupo suíço de investimentos RobecoSAM, chama a
atenção pela abrangência de seus critérios e por ter como objetivo
ajudar os investidores a decidirem onde aportar seus recursos.
Por isso, a péssima posição brasileira, sendo apenas o 45o dos 59 países avaliados, é ainda mais preocupante.
O ranking possui 17 indicadores divididos em três categorias:
- Meio Ambiente: Status, Riscos e Energia;
- Sociais: Indicadores Sociais (bem-estar humano, trabalho e igualdade), Desenvolvimento Humano e Greves/Gargalos.
- Governança: Liberdade e Desigualdade,
Competitividade, Riscos Políticos, Eficiência, Aplicação das Leis,
Responsabilidade, Corrupção, Estabilidade, Qualidade Regulatória,
Instituições, Políticas para a Terceira Idade/Demografia.
Todos os 59 países avaliados receberam notas de 1 a 10 para cada um
desses critérios, que tiveram pesos diferentes no resultado final.
“Nossa análise estatística nos permitiu identificar quais critérios
são mais relevantes para o setor financeiro, o que por sua vez ajuda aos
investidores a tomarem decisões mais informadas”, afirmou Johan
Duyvesteyn, pesquisador da RobecoSAM.
Ainda segundo Duyvesteyn, países no topo da lista oferecem menos
riscos e por consequência tendem a ter taxas de seguro menores para os
investidores.
O Brasil teve como média apenas 4,63. A Suécia ficou com a primeira
posição, com 8,25, a Austrália aparece em segundo, com 7,87, e a Suíça,
em terceiro, com 7,83.
Entre as nações da América do Sul avaliadas, o Brasil ficou à frente
apenas da Venezuela, que ocupa a 57a posição, com 3,35. O Chile ficou em
18o, com 6,20; o Peru, em 38o, com 5,03; e a Argentina, em 42o, com
4,84; a Colômbia ficou em 43o, com 4,80.
Nos últimos lugares aparecem o Egito, com 3,34, e a Nigéria, com 2,51.
“Investidores demandam estratégias de longo prazo que integrem
aspectos ambientais, sociais e de governança (…) É uma tendência que
ficou ainda mais forte após a crise financeira, que expôs as falhas dos
modelos tradicionais de medição de risco”, conclui o relatório que
acompanha o ranking.
A RobecoSAM administra e aconselha mais de 8,6 bilhões de euros em investimentos.
Fonte: CarbonoBrasil.
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