da Agência Brasil
Os 90 anos da Rádio MEC AM do Rio de Janeiro,
cuja história se confunde com a do próprio rádio no Brasil, foram
comemorados hoje (6) com 12 horas de programação especial, transmitida
ao vivo da Estação Carioca do metrô, no centro da cidade. Das 7h às 19h,
os programas da emissora foram apresentados de uma bancada e um palco
montados na estação, com a presença de convidados e atrações especiais.
Sob a coordenação de Liara Avellar, a programação começou às 7h, com o Sintonia Rio, apresentado por Amaury Santos. Em seguida, às 9h, Denise Viola assumiu o microfone com o Rádio Sociedade, que recebeu os apresentadores do programa Rádio Maluca,
Zé Zuca e Mariano. Além de cantar músicas infantis, eles também falaram
sobre os nove anos do programa para crianças, que a partir do próximo
dia 14, chegará aos ouvintes das rádios Nacional de Brasília, da Amazônia e do Alto Solimões.
Às 11h, no programa Atualidades, apresentado por Cadu
Freitas, houve um debate sobre o tema Os Novos Caminhos do Rádio no
Brasil e no Mundo, com especialistas convidados. As atrações musicais e
culturais prosseguiram no programa seguinte, Estação Cultura,
apresentado por Alessandra Eckstein. Entre elas, o músico Alfredo Del
Penho, apresentado pelo produtor João Carlos Carino, do programa Seresta Viva.
A partir das 14h, o samba pediu passagem no programa Almanaque Carioca,
conduzido por Tiago Alves, que recebeu os músicos Henrique Cazes,
Ataulpho Alves Junior, além do intérprete da escola de samba Estácio de
Sá, Leandro Santos, e o sambista da nova geração Gabrielzinho do Irajá.
No fim de tarde, às 17h, o programa Maestros MPB, de Jaime Alem, apresentou o maestro Rafael de Barros, a cantora Nair Cândia e o violoncelista João Bustamante.
O Arte Revista encerrou a programação especial entrevistando ao vivo parte da equipe do filme Esse Amor Que Nos Consome,
Allan Ribeiro, Rubem Barbot e Gatto Larsen. O filme estreou nesta
sexta-feira nos cinemas do Rio. Outra entrevista foi com o diretor
curador do Festival Internacional Anual de Animação de Horror
(Animaldiçoado), Alexander Mello.
Ao longo da programação, foram transmitidos, como ocorre diariamente, flashes
ao vivo do informativo MEC Notícias, informações sobre o trânsito e as
últimas notícias da cidade. Para os ouvintes e os que acompanharam os
programas na estação, a rádio MEC AM sorteou kits com CDs de artistas da MPB lançados pelo selo da emissora.
“É uma rádio que tem história e tradição e o grande desafio é
torná-la cada vez uma rádio sintonizada com o século 21. Para isto, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação)
está empenhada em melhorar o conteúdo, a qualidade de som e a
divulgação da emissora”, destacou o jornalista Xico Teixeira,
responsável pelas rádios da EBC no Rio de Janeiro. “A Rádio MEC AM
é de caráter educativo/cultural e busca novos formatos e parcerias para
ampliar e aumentar a audiência numa faixa mais jovem de público”,
acrescentou.
A atual Rádio MEC AM Rio de Janeiro é sucessora da
Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira emissora do Brasil,
inaugurada por Edgard Roquette-Pinto em 1923. Um ano antes, durante a
Exposição do Centenário da Independência, Roquette-Pinto foi o
responsável pela primeira transmissão de rádio do Brasil.
Os mesmos equipamentos utilizados para essa transmissão serviram
para colocar no ar a emissora pioneira que em 1936 foi doada pelo
próprio Roquette-Pinto ao Ministério da Educação. Teve início, assim, a
longa história da Rádio MEC como emissora pública voltada para a
educação e a cultura. Em 1983, a rádio passou a transmitir sua
programação também em FM. Hoje, as duas emissoras, a MEC AM, e a MEC FM, que está comemorando 30 anos, têm programações distintas.
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