As mudanças climáticas estão ocorrendo mais rapidamente, de forma
mais intensiva e, em muitos casos, em níveis sem precedentes, de acordo
com o primeiro volume do 5º Relatório de Avaliação do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que trata das bases
físicas da ciência do clima, divulgado hoje, em Estocolmo, Suécia, na
conferência que reuniu representantes de governos de 195 países durante
esta semana. O resultado demanda ações urgentes.
“Há poucas surpresas no relatório, mas o aumento da certeza sobre
muitas das observações dos cientistas apenas valida aquilo que
observamos ao nosso redor. Desde que o IPCC lançou o seu último grande
relatório, em 2007, a perda de massas de gelo terrestre e o aumento do
nível dos oceanos se acelerou de forma dramática, principalmente no
verão Ártico, pois a perda de gelo é maior do que a projetada
anteriormente. Concluiu-se também que a última década foi a mais quente
desde 1850,” afirma Samantha Smith, líder da Iniciativa Global de Clima e
Energia da rede WWF.
Em particular, os resultados que demonstram maiores impactos em
nossos oceanos são altamente preocupantes, considerando-se que mais de 1
bilhão de pessoas depende deles como sua principal fonte de alimentos e
sobrevivência. A acidificação dos mares aumentou em 30% desde 1900 e é
provavelmente a maior em muitos milhões de anos. Oceanos mais quentes e
mais ácidos geram impactos severos aos peixes, recifes de corais e a
todos os ecossistemas marinhos.”É o CO², principalmente gerado pela
queima de combustíveis fósseis, que se dissolve nos oceanos e pode
destruir um ecossistema que é muito frágil, de forma irreversível”,
afirma Stephan Singer, diretor global de políticas de energia da rede
WWF. “Cabe a todos os setores da sociedade, incluindo os atuais
governantes, agir sobre os fatos e em resposta à ciência apresentada
neste relatório, que passou por um rigorosíssimo processo de revisão sem
precedentes,” acrescenta Singer.
“Nós não podemos ignorar a realidade de que precisamos agir ou então
teremos que encarar impactos assustadores. Sabemos que a maior parte das
emissões de gases que causam o aquecimento global vem da queima de
combustíveis fósseis. A rede WWF demanda dos governos e investidores que
parem de investir em energia suja e que passem a uma transição imediata
para investimentos em energias renováveis e sustentáveis,” conclui
Samanta Smith.
Para o WWF-Brasil, as informações científicas contidas no balanço do
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, lançado há algumas semanas, e
agora neste relatório do IPCC, lançado hoje são mais do que suficientes
para demonstrar ao governo brasileiro que as mudanças climáticas não
podem mais ser tratadas como tema de segunda importância em políticas
públicas. No Brasil, temos o exemplo da realidade do clima extremo, que
agora afetando de forma crítica o sul de São Paulo, o vale do Itajaí e o
semiárido do Nordeste.
“Temos de investir nos recursos abundantes de fontes renováveis de
energia de baixo impacto que temos à nossa disposição, como a energia
solar, eólica e de biomassa, em vez de colocar 70% dos nossos
investimentos em combustíveis fósseis. O governo federal não deve
oferecer incentivos indecentes a combustíveis como o carvão mineral e
explorar de forma precipitada o chamado gás não convencional (shale gas,
em inglês),” afirma Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças
Climáticas e Energia do WWF-Brasil.
“Por ora, o Brasil segue na contramão da ciência e na contramão da
história. Nosso país vem investindo continuamente em grandes planos para
expansão da infraestrutura, da geração de energia, da agricultura e
pecuária e no fomento à indústria que irão provocar aumento das emissões
de gases de efeito estufa do país, hoje ainda um dos grandes poluidores
do planeta”, conclui Rittl.
Sobre a Rede WWF: é uma das maiores e mais
respeitadas organizações ambientalistas independentes do mundo. O WWF
tem o apoio de quase 5 milhões de pessoas e dispõe de uma rede mundial
que atua em mais de 100 países. A missão da Rede WWF é interromper a
degradação do meio ambiente e construir um futuro no qual os seres
humanos vivam em harmonia com a natureza.
Sobre o WWF-Brasil: É uma organização
não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os
objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da
biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em
benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil,
criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país
e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da
natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5
milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.
Fonte; WWF Brasil
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