da Agência Brasil
Instituído há quase dois anos, o Programa de Apoio à
Conservação Ambiental, conhecido como Bolsa Verde, que faz parte do
Plano Brasil sem Miséria, beneficia cerca de 42 mil famílias em unidades
de conservação e assentamentos, principalmente na Região Norte. A meta
do governo é ter, até o fim do ano, 70 mil famílias cadastradas no
programa. O objetivo é aliar a preservação ambiental à melhoria das
condições de vida e à elevação da renda no meio rural.
Os beneficiários recebem trimestralmente R$ 300 para a conservação
dos ecossistemas por meio do uso sustentável dos recursos naturais. Para
ser beneficiária do Bolsa Verde, a família precisa ter renda per capita
mensal até R$ 70, estar inscrita no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e no Bolsa Família. Até o momento,
já foram gastos R$ 70 milhões com o programa.
Também é preciso morar em unidades de conservação de uso sustentável
– as reservas extrativistas -, em assentamentos de reforma agrária
ambientalmente diferenciados, em territórios ocupados por ribeirinhos,
quilombolas e outras comunidades tradicionais. Ao assinar o termo de
adesão ao programa, com os objetivos e as regras de funcionamento, a
família se compromete com a conservação ambiental e o uso sustentável
dos recursos naturais.
Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural
Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme
Cabral, o compromisso dessas famílias é não desmatar. No caso da
Amazônia, é preciso manter 80% da área de reserva legal. “Esses
territórios já têm uma exigência ambiental maior, por isso as famílias
tendem a ter uma limitação de renda. Se pudessem desmatar e colocar
pastagem ou outra atividade econômica, poderiam auferir maior renda de
imediato. O programa dá uma ajuda econômica para que não precisem
desmatar”, disse o secretário.
Os governos federal, estaduais e as prefeituras iniciaram em julho e
devem concluir até o início de outubro uma busca ativa para identificar
novas famílias que possam ser beneficiadas. “É a etapa mais complexa,
já que essas comunidades estão em regiões de difícil acesso,” explicou
Cabral.
Em uma segunda fase do programa, até 2014 serão capacitados 300 educadores para que possam transmitir conhecimento a 10 mil beneficiários do Bolsa Verde, em um curso de 180 horas de manejo sustentável dos recursos naturais. “Agora, entramos nessa nova etapa de como as famílias podem incrementar sua atividade produtiva, beneficiar a produção e melhorar a comercialização dos seus produtos”, disse o secretário.
Em uma segunda fase do programa, até 2014 serão capacitados 300 educadores para que possam transmitir conhecimento a 10 mil beneficiários do Bolsa Verde, em um curso de 180 horas de manejo sustentável dos recursos naturais. “Agora, entramos nessa nova etapa de como as famílias podem incrementar sua atividade produtiva, beneficiar a produção e melhorar a comercialização dos seus produtos”, disse o secretário.
Segundo ele, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
está contratando assistência técnica diferenciada para que as famílias
sejam apoiadas tecnicamente no uso sustentável dos recursos. “É uma
assistência técnica orientada para a realidade deles”, ressaltou.
O gestor da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, no oeste do Pará, Mauricio Santamaria, disse que 1.400 das 4.851 famílias da reserva recebem atualmente o Bolsa Verde. “Estamos indo a campo para identificar novos beneficiários que vivem em lugares muito remotos”, acrescentou.
De acordo com Santamaria, a taxa de desmatamento é muito menor por causa do programa, visto que as famílias protegem as áreas da invasão do agronegócio. “As ações de capacitação e assistência técnica para acessar mercados diferenciados dos produtos extrativistas ajudam a manter a floresta em pé,” disse o gestor, ressaltando que os óleos de copaíba e andiroba, a borracha, o artesanato e o mel são os produtos de destaque da Resex.
O gestor da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, no oeste do Pará, Mauricio Santamaria, disse que 1.400 das 4.851 famílias da reserva recebem atualmente o Bolsa Verde. “Estamos indo a campo para identificar novos beneficiários que vivem em lugares muito remotos”, acrescentou.
De acordo com Santamaria, a taxa de desmatamento é muito menor por causa do programa, visto que as famílias protegem as áreas da invasão do agronegócio. “As ações de capacitação e assistência técnica para acessar mercados diferenciados dos produtos extrativistas ajudam a manter a floresta em pé,” disse o gestor, ressaltando que os óleos de copaíba e andiroba, a borracha, o artesanato e o mel são os produtos de destaque da Resex.
Segundo o MMA, o programa prevê dois sistemas de monitoramento para
verificar se as comunidades beneficiadas estão cumprindo o acordo de
conservação ambiental das áreas em que vivem. O monitoramento da
cobertura vegetal já é feito por imagens de satélites e o monitoramento
por amostragem será realizado in loco por meio de visitas periódicas aos beneficiários a partir de 2014.
“Tivemos apenas duas áreas em que verificamos desmatamento e estamos
indo a campo averiguar o motivo. O que houve foi muito pontual. As
próprias famílias passam a ser fiscais de ações predatórias porque estão
se beneficiando do programa,” disse o secretário Paulo Cabral.
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