Novo
relatório da IEA (Agência Internacional de Energia) mostra que já é
possível ter elevadas porcentagens de energia eólica e solar –
contribuindo com até mais de 30% da produção de eletricidade de um país –
sem problemas de segurança energética e sem custos elevados. Hoje, a
participação destas fontes na matriz brasileira não chega a 1%, no
entanto, o cenário [R]evolução Energética prevê 40% para 2050.
A energia eólica e a solar fotovoltaica são cruciais para atender as
futuras demandas de energia sem ter que usar fontes sujas e poluentes
como combustíveis fósseis. O uso dessas duas fontes renováveis cresceu
amplamente nos últimos anos e a expectativa é a de que essa tendência
continue por décadas.
A novidade do estudo é que este desmistifica o medo em relação às
elevadas participações de energias renováveis intermitentes, assim
chamadas porque não geram energia o tempo todo uma vez que dependem de
fatores como o sol e o vento.
O relatório mostra que integrar os primeiros 5% a 10% de geração
intermitente não coloca desafios técnicos e econômicos desde que existam
três condições: não estarem geograficamente concentradas, possuir boa
previsibilidade do funcionamento das fontes e estabilização do grid. Já
para ir além de 30% de participação, é necessário alterar o sistema
elétrico e quanto mais estável este é menos alterações serão
necessárias.
Em países como Brasil, Índia e China , a energia eólica e a solar
podem ser soluções economicamente viáveis para incrementar o aumento de
demanda por energia. A integração da atual rede de eletricidade com
essas fontes intermitentes pode, e deve, ser uma prioridade. “As
economias emergentes têm uma oportunidade diante delas. Elas podem dar
um salto no século XXI e serem beneficiadas”, afirmou Maria van der
Hoeven, diretora executiva da IEA.
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