O estudo Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro,
publicado no último dia 19 pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS,
apontou que a falta de saneamento básico nas cidades brasileiras afeta
várias áreas, entre as quais, saúde, trabalho e renda, imóveis, turismo e
educação.
Segundo o relatório, a falta de água tratada e de esgotamento
sanitário causa grande impacto no aprendizado de crianças e jovens do
país. Doenças provocadas pelo consumo de água contaminada, como as
infecções gastrointestinais, que ocasionam diarreia e vômito, levam a
queda no rendimento dos alunos.
Em média, estudantes sem acesso a esses serviços básicos têm atraso
escolar maior do que aqueles com as mesmas condições socioeconômicas,
mas com acesso ao saneamento. A universalização do acesso à coleta de
esgoto e à água tratada, de acordo com a pesquisa, reduziria em 6,8% o
atraso escolar, o que possibilitaria o aumento da escolaridade média do
brasileiro nos próximos anos, com efeito sobre a produtividade no
trabalho e na renda.
Contexto – o Brasil ocupa a 112ª posição em um
ranking de saneamento entre 200 países. Sua pontuação no Índice de
Desenvolvimento do Saneamento é inferior às médias da América do Norte,
da Europa e de alguns países do Norte da África e do Oriente Médio, onde
a renda média da população é menor do que a renda dos brasileiros. De
acordo com estimativa do estudo, mais de 14 milhões de moradias não têm
água encanada e cerca de 35 milhões de pessoas vivem sem coleta de
esgoto no Brasil. Para levar o saneamento básico para 100% da população,
o país precisa investir pouco mais que 300 bilhões de reais até 2033.
Fonte: Blog Educação.
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