da Agência Brasil
O surgimento em grande quantidade de tecnologias que atingem as crianças cada vez mais cedo, incluindo tablets, e-books e smartphones,
não está inibindo o crescimento do mercado dos livros infantojuvenis
impressos. Atualmente existem pelo menos 120 editoras brasileiras que
publicam obras para essa faixa etária e que oferecem cerca de 30 mil
títulos em português. A avaliação é da secretária-geral da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Elizabeth Serra, que participou
hoje (5) da abertura do 15º Salão do Livro Infantil e Juvenil, reunindo
71 editoras, no Rio.
“O livro em papel ocupa mais espaço do que antes com o leitor
juvenil, por incrível que pareça. É um período em que a mídia eletrônica
se fortaleceu, mas os livros para crianças aumentaram muito mais e os
autores se multiplicaram. Todas as nossas escolas públicas hoje têm
livros de literatura, por compras de governos ou de projetos. Os
professores se preocupam muito mais com a formação leitora das
crianças”, disse.
Para Elizabeth, não há conflito entre livros impressos e digitais.
“São duas coisas independentes. Temos que aprender a conviver com isso.
Não temos que ter medo desta nova mídia. O que precisa é haver um
equilíbrio. Se as crianças só tiverem o tablet e o celular mas
não tiverem oportunidade de conviver com o livro em papel, aí haverá um
desequilíbrio. Se os pais e os educadores souberem balancear isso, não
há problema algum.”
Ela
defende que a experiência com o livro impresso é mais rica, por
envolver relações humanas. “Essa relação se constrói desde cedo. A
criança ouvir uma história contada por um adulto é uma coisa mágica: tem
a voz, o afeto, a atenção. Isso não se quebra, pois é uma relação
humana. Esse exercício de pai e mãe não tem que ser visto como esforço,
pois estamos nos dedicando aos filhos, dando algo precioso. Vai ficar
para sempre na lembrança deles. E se tiver essa base, lá na frente eles
serão bons leitores.”
O primeiro dia do salão foi dedicado unicamente aos professores, que
tiveram mais tranquilidade de circular entre os estandes e conhecer as
novidades. Para a professora Edith Maria Cordeiro Dias, mesmo com toda a
tecnologia disponível hoje para as crianças, o livro em papel
continuará a ser importante.
“O livro infantil em papel não pode acabar de maneira alguma. Nós
baixamos livros pela internet, mas o livro tem que estar presente na mão
da criança. É uma experiência muito mais rica ouvir a história contada
pelo pai, pela mãe, pela avó. Porque está interagindo com outra pessoa.
Tem a melodia da voz, você passa a emoção que está no livro. No tablet
é muito diferente. A experiência do livro papel, pedagogicamente
falando, é muito melhor”, disse a professora, que leciona na Escola
Municipal Presidente Eurico Dutra, na Penha, zona norte da capital
fluminense.
Algumas editoras, como a Paulinas, com sede em São Paulo, continuam
produzindo livros infantojuvenis apenas em papel, embora já vendam e-books
para o mercado adulto. “Eu acredito que o livro em papel ainda tem
magia para as crianças. Tem a ilustração e o afeto de quem conta a
história”, disse a divulgadora da filial da Paulinas no Rio, Vânia de
Cássia e Silva. A editora tem 31 filiais no país e cerca de 500 títulos
para crianças e adolescentes.
Este
ano o salão homenageia a Colômbia, que montou um grande estande com os
principais títulos infantojuvenis publicados no país. A coordenação do
espaço é da editora María Osorio, da Babel Libros, de Bogotá. “Eu penso
que é impossível os jovens se isolarem do mundo digital, porque já
nasceram com a tecnologia. Mas nosso país tem bibliotecas em todos os
municípios e na América Latina são poucas as pessoas que podem ter
equipamentos eletrônicos próprios para a leitura, como computadores e tablets. O livro é acessível porque é mais barato”, disse María.
O Salão do Livro para Crianças e Jovens funcionará até o próximo dia
16. De segunda-feira a sexta-feira, abre às 8h30 e fecha às 18h. Sábados
e domingos, o horário é das 10h às 20h. O ingresso custa R$ 5. O Centro
de Convenções Sul América fica na Avenida Paulo de Frontin, ao lado do
prédio da prefeitura do Rio. Mais informações podem ser obtidas na
página oficial do evento na internet: www.salaofnlij.org.br.
CEPRO – Um
Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
Alameda Casimiro de Abreu, 292, Bairro Nova
Esperança - centro
Rio das Ostras
Tel.: (22)
2771-8256 e Cel.:(22)9966-9436
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Comunidade no
Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=55263085Twitter: http://www.twitter.com/CEPRO_RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário