Preservar a natureza que envolve a cidade, formada ao longo dos
séculos entre o mar e a montanha, sempre foi um desafio para o Rio de
Janeiro. Nas últimas décadas, o crescimento acelerado e a falta de
planejamento reforçaram a importância dos parques e áreas de proteção
ambiental como bastiões do cenário tropical em que a metrópole carioca
está inserida.
A história de 15 dos 45 parques urbanos e naturais, reconhecidos oficialmente na capital fluminense, é o tema da exposição O Rio Que É Verde,
inaugurada na noite de hoje (13), para convidados, no Centro Cultural
Correios. Painéis em grandes formatos exibem fotos ampliadas e textos,
que permitem ao visitante recriar a atmosfera do meio ambiente natural
dos 15 parques.
Parte deles foram criados por arquitetos ou
paisagistas, a começar pelo pioneiro Passeio Público, no centro da
cidade, obra encomendada em 1783 a Valentim da Fonseca, o Mestre
Valentim. O Jardim Botânico (1808), a Quinta da Boa Vista (1876), o
Parque do Flamengo, obra de 1965, com paisagismo de Roberto Burle Marx, e
o recente Parque Madureira Rio+20, de 2012, são alguns dos parques
urbanos destacados na mostra.
"Nem sempre, como no auge de seu
esplendor, os parques históricos, que datam do século 19, estão
preservados, conservando um material primoroso”, diz o cenógrafo Udi
Florião, um dos curadores da exposição. “A partir do Aterro [Parque do
Flamengo] temos uma série de parques em que o foco é o paisagismo
exuberante e tropical”, acrescenta.
A exposição abre espaço ainda
para os belos cenários naturais da cidade, como a Floresta da Tijuca e a
Área de Proteção Ambiental (APA) entre o Recreio e Grumari, que
recebeu, nos anos de 2012 e 2013, a Bandeira Azul, o mais importante
certificado de correção socioambiental do mundo.
Segundo Juliana de Carvalho, também curadora da mostra, O Rio Que É Verde
vai muito além de uma exposição de fotos. “Os cariocas poderão
vivenciá-la de forma sensorial, educativa e interativa”, diz. A
inspiração para a mostra veio do livro do mesmo nome, que inaugurou a
coleção literária As Cores do Rio, de autoria de Adilson Santos e Regina Mamede.
A
visitação do público, com entrada franca, começa amanhã (14) e vai até
21 de setembro, de terça-feira a domingo, das 12h às 19h. O Centro
Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, no centro do Rio.
CEPRO –
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