Representantes de mais de 130 países concordaram com medida sobre
prevenção e eliminação da prática contra mulheres e meninas; decisão
foi tomada ao fim da 57ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher.
A 57ª sessão da Comissão do Estatuto das Mulheres adotou plano global para acabar com a violência de gêneros.
Os representantes de mais de 130 Estados-membros aprovaram a
iniciativa sobre a prevenção e eliminação de todas as formas de
violência contra mulheres e meninas.
Resultado
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a violência
contra as mulheres representa uma violação hedionda dos direitos
humanos, uma ameaça global, como também, um ultraje moral.
Ban espera que os representantes presentes ao encontro e outros
espalhados pelo mundo, transformem o resultado dessa reunião histórica
em ações concretas para prevenir e acabar com a violência contra o sexo
feminino.
Acordo
A diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, disse que
estava particularmente animada com o acordo. Ela lembrou que em 2003,
quando a Comissão tratou do assunto, não houve consenso.
Bachelet afirmou que todos agora vão avançar até o dia em que
mulheres e meninas estejam livres do medo, da violência e da
discriminação.
Século 21
A ONU declarou que com a adoção do acordo, os governos deixam claro
que a discriminação e a violência contra mulheres e crianças não têm
lugar no século 21.
Segundo dados das Nações Unidas, sete em cada 10 mulheres vão sofrer
algum tipo de violência durante a vida. Mais de 125 países têm leis
especificas para punir a violência doméstica. Apesar disso, 603 milhões
de mulheres vivem em nações onde essa prática não é considerada crime.
Conclusão
O relatório final da Comissão da ONU, com 17 páginas, condena a
violência contra mulheres e meninas e pede mais atenção e rápida ação
para prevenção e resposta.
Milhares de representantes de governos, Ongs, sociedade civil, setor
privado e parceiros das Nações Unidas contribuíram para o plano adotado
na reunião, que durou duas semanas, em Nova York.
Prioridades
Entre as prioridades do documento, está a criação de um serviço
multisetorial para os sobreviventes da violência, incluindo ajuda médica
e psicológica.
Segundo a ONU Mulheres, o fim da impunidade também foi citado no
relatório. Os criminosos devem ser punidos, assim como, as autoridades
devem melhorar o processo de coleta de provas e de assistência às
vítimas.
Fonte: Rádio ONU.
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