Depois de 34 anos de funcionamento, o Aterro Sanitário de
Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi fechado hoje
(3) e no local será construída uma usina de Biogás. Ela vai ajudar no
desenvolvimento sustentável
da região, que passará a usar o biogás produzido a partir do lixo em
vez do gás natural. O fechamento, em clima de festa, teve as presenças
da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de centenas de catadores que durante décadas trabalharam na coleta do lixo no aterro.
A
ministra disse que o fechamento do aterro sanitário é mais um passo
importante para acabar, até 2014, com todos os lixões, conforme a
Política Nacional
de Resíduos Sólidos. “Nós estamos trabalhando duro para isso. Agora,
lembro que a responsabilidade é dos prefeitos. É um desafio imenso.
Vocês devem ter observado que a Marcha dos Prefeitos este ano, em
Brasília, trouxe os resíduos sólidos como tema central das prefeituras.
Eu acho que durante o debate das eleições esse tema virá para a mesa [de
negociação], e nós temos que buscar o compromisso de erradicarmos e
solucionarmos a questão do lixo em relação aquilo que a lei estabelece”,
disse.
Eduardo Paes declarou que a prefeitura do Rio, ao fechar o Aterro Sanitário de Gramacho, encerrou hoje o crime ambiental
que cometia contra a Baía de Guanabara e contra o município de Duque de
Caxias. “A prefeitura do Rio vem sendo criminosa há 30 anos depositando
os resíduos sólidos da cidade em outro município e às margens da Baía
de Guanabara. Para nós é uma vitória muito importante deixar de cometer
esse crime ambiental na cidade”, destacou.
O secretário do
Ambiente, Carlos Minc, também presente ao evento, informou que até o
fim do ano a secretaria deverá fechar todos os lixões existentes no
entorno da Baía de Guanabara. O secretário disse que já foram fechados
os lixões de Itaoca, em São Gonçalo; o do bairro Babi, em Belford Roxo;
além os de Miguel Pereira e Tanguá. Segundo Minc, na semana será a vez
de fechar o lixão de Guapimirim. “Até o final do ano acabam todos os
lixões que jogavam chorume na Baía de Guanabara”, prometeu.
Os catadores que trabalhavam no aterro começaram a receber, desde
sexta-feira (1º), o cartão da Caixa. Ele permitirá que cada catador
retira os R$ 14 mil de indenização a que têm direito.
A partir de
agora, todo o lixo coletado na capital fluminense terá como destino a
Central de Tratamento de Resíduos, CTR Rio, em Seropédica, o mais
moderno da América Latina.
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