A crise financeira internacional gerada nos EUA ganha contornos cada vez mais preocupantes. A Tsunami que surgiu com a quebradeira americana faz estragos mundo afora e, passados alguns meses depois do olho do furacão, parece que ninguém sairá ileso desta débâcle Dioe. Por aqui, o bicho que se anunciava controlado começa a desatar os nós e mostrar as garras.
O Brasil adotou a partir de 2003 um novo modelo de desenvolvimento anti-neoliberal, com um caráter popular e participativo. Na verdade esperava-se a partir daí se reafirmar a soberania. O que ao permitiu ao país retomar o caminho do crescimento econômico sustentando, com uma perspectiva clara de um modelo comprometido com os desfavorecidos.
A quebradeira de lá fez com que o Governo brasileiro agisse acompanhando o movimento mundial, derramando milhares de reais no mercado, no sentido de salvar bancos e manter o acesso ao crédito. A medida não evitou que grandes empresas e conglomerados demitissem centenas de trabalhadores. Só a Embraer, gigante brasileira da aviação, anunciou a demissão de 4 mil chefes de família.
A sociedade civil assim como os movimentos sociais não pode apenas resistir à crise, ou tentar se proteger de seus efeitos. Um dos efeitos de toda grande crise que fecha postos de trabalho é a desestruturação da família e como resultado a violência doméstica. A violência que nos choca todos os dias e que neste país parece já endêmica. E neste sentido, o desemprego é uma componente a se considerar.
Diariamente, acordamos com a expectativa de dias melhores. No entanto, nos defrontamos pessoalmente ou na grande mídia com um problema que nos parece não ter fim. Muitos especialistas se dividem na tentativa de analisar as relações de causa e efeito sobre a violência.
Uns adotam a linha psicológica, outros, a sociológica, sempre na tentativa de analisarem o homem dentro do contexto social e os elementos que o levam a ter esta atitude. Poderíamos nos envolver nas diferentes análises apresentadas, entretanto, o que nos leva a provocar este tema é ir além desta ou daquela visão. O que propomos é abrir mais um espaço de reflexão.
Quando fizemos, eu e meu companheiro, a opção de morarmos na cidade de Rio das Ostras foi por acreditarmos na possibilidade de, pelo menos, se viver um pouco mais com tranqüilidade. Caminhar pela cidade, sem a preocupação com assaltos ou com o vandalismo. Buscar uma qualidade de vida que, infelizmente, perdemos na cidade do Rio de Janeiro.
A violência que recrudesce parece tomar conta de toda grande cidade, como é o caso do Rio de Janeiro. O Rio é uma cidade acolhedora e bela em sua geografia e seu povo. Entretanto, hoje, seu povo está no front entre a polícia, o tráfico e a milícia.
Sabemos que o problema precisa ser tratado para além das discussões formais – vide o que vivemos na situação da DENGUE, se o mosquito era federal, estadual ou municipal. Não dá mais para esperar. Então nos resta cobrar.
A união dos governos nas três esferas, as Secretarias de Segurança Pública, as Associações de Moradores, os Sindicatos, as Universidades etc. poderiam juntos iniciar um exercício de cidadania e de mudança, deixando as disputas de lado e olhando, de fato, para os interesses do povo.
Chegamos há um esgotamento, e é hora de fazermos algo. Não podemos achar que a violência é algo comum a todos nós. O perigo da banalização da violência é o mesmo que achar comum, jovens agredirem uma trabalhadora ou colocarem fogo no corpo de um índio, ou ainda a agressão sofrida pela menina de nove anos ultrajada pelo padrasto.
Recentemente, a UNESCO apresentou relatório onde dizia que as crianças que habitam a comunidade do morro do Alemão, no subúrbio do Rio de Janeiro, vivem as mesmas condições das crianças no Iraque. Além de sofrerem com a brutalidade, também são alijadas do direito à escola. Segundo a nossa Constituição, “todas as crianças tem direito à educação”. E o direito também à vida, com garantias de oportunidades escolares, de emprego para seus familiares, moradia, saneamento básico etc.
Neste ano, completam-se 17 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A sociedade brasileira deveria estar satisfeita em ter a lei mais avançada no trato da infância/adolescência, que apresenta como princípio básico a proteção integral à criança e ao adolescente, percebendo-os como seres em desenvolvimento, sob responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, visto a necessidade de se garantir o direito à escola, ao combate à prostituição Infantil e a erradicação do trabalho Infantil.
Sabemos que são metas a serem cumpridas, mas que não podem demorar. É fundamental que você, leitor(a), e a sociedade civil organizada, participe dos fóruns de decisão de sua cidade em especial de Rio das Ostras. Para que ela seja sempre uma cidade comprometida com as causas sociais.
Profª Guilhermina Rocha
O Brasil adotou a partir de 2003 um novo modelo de desenvolvimento anti-neoliberal, com um caráter popular e participativo. Na verdade esperava-se a partir daí se reafirmar a soberania. O que ao permitiu ao país retomar o caminho do crescimento econômico sustentando, com uma perspectiva clara de um modelo comprometido com os desfavorecidos.
A quebradeira de lá fez com que o Governo brasileiro agisse acompanhando o movimento mundial, derramando milhares de reais no mercado, no sentido de salvar bancos e manter o acesso ao crédito. A medida não evitou que grandes empresas e conglomerados demitissem centenas de trabalhadores. Só a Embraer, gigante brasileira da aviação, anunciou a demissão de 4 mil chefes de família.
A sociedade civil assim como os movimentos sociais não pode apenas resistir à crise, ou tentar se proteger de seus efeitos. Um dos efeitos de toda grande crise que fecha postos de trabalho é a desestruturação da família e como resultado a violência doméstica. A violência que nos choca todos os dias e que neste país parece já endêmica. E neste sentido, o desemprego é uma componente a se considerar.
Diariamente, acordamos com a expectativa de dias melhores. No entanto, nos defrontamos pessoalmente ou na grande mídia com um problema que nos parece não ter fim. Muitos especialistas se dividem na tentativa de analisar as relações de causa e efeito sobre a violência.
Uns adotam a linha psicológica, outros, a sociológica, sempre na tentativa de analisarem o homem dentro do contexto social e os elementos que o levam a ter esta atitude. Poderíamos nos envolver nas diferentes análises apresentadas, entretanto, o que nos leva a provocar este tema é ir além desta ou daquela visão. O que propomos é abrir mais um espaço de reflexão.
Quando fizemos, eu e meu companheiro, a opção de morarmos na cidade de Rio das Ostras foi por acreditarmos na possibilidade de, pelo menos, se viver um pouco mais com tranqüilidade. Caminhar pela cidade, sem a preocupação com assaltos ou com o vandalismo. Buscar uma qualidade de vida que, infelizmente, perdemos na cidade do Rio de Janeiro.
A violência que recrudesce parece tomar conta de toda grande cidade, como é o caso do Rio de Janeiro. O Rio é uma cidade acolhedora e bela em sua geografia e seu povo. Entretanto, hoje, seu povo está no front entre a polícia, o tráfico e a milícia.
Sabemos que o problema precisa ser tratado para além das discussões formais – vide o que vivemos na situação da DENGUE, se o mosquito era federal, estadual ou municipal. Não dá mais para esperar. Então nos resta cobrar.
A união dos governos nas três esferas, as Secretarias de Segurança Pública, as Associações de Moradores, os Sindicatos, as Universidades etc. poderiam juntos iniciar um exercício de cidadania e de mudança, deixando as disputas de lado e olhando, de fato, para os interesses do povo.
Chegamos há um esgotamento, e é hora de fazermos algo. Não podemos achar que a violência é algo comum a todos nós. O perigo da banalização da violência é o mesmo que achar comum, jovens agredirem uma trabalhadora ou colocarem fogo no corpo de um índio, ou ainda a agressão sofrida pela menina de nove anos ultrajada pelo padrasto.
Recentemente, a UNESCO apresentou relatório onde dizia que as crianças que habitam a comunidade do morro do Alemão, no subúrbio do Rio de Janeiro, vivem as mesmas condições das crianças no Iraque. Além de sofrerem com a brutalidade, também são alijadas do direito à escola. Segundo a nossa Constituição, “todas as crianças tem direito à educação”. E o direito também à vida, com garantias de oportunidades escolares, de emprego para seus familiares, moradia, saneamento básico etc.
Neste ano, completam-se 17 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A sociedade brasileira deveria estar satisfeita em ter a lei mais avançada no trato da infância/adolescência, que apresenta como princípio básico a proteção integral à criança e ao adolescente, percebendo-os como seres em desenvolvimento, sob responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, visto a necessidade de se garantir o direito à escola, ao combate à prostituição Infantil e a erradicação do trabalho Infantil.
Sabemos que são metas a serem cumpridas, mas que não podem demorar. É fundamental que você, leitor(a), e a sociedade civil organizada, participe dos fóruns de decisão de sua cidade em especial de Rio das Ostras. Para que ela seja sempre uma cidade comprometida com as causas sociais.
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão – Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão – Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br
CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
Telefone: (22) 2760-6238 / (22) 9834-7409
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Blog: http://cepro-rj.blogspot.com/
CEPRO – Um projeto de cidadania, educação e cultura em Rio das Ostras
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