Participação. Esta é uma espécie de palavra mágica que esteve , e ainda está , presente nestes últimos trinta, ou mais, anos de nossa história. Desde os chamados anos de chumbo, pós- 64, o clamor da sociedade civil pelo retorno do “estado de direito” fez da participação uma reivindicação permanente. Hoje, já em outro contexto, não é diferente. Participar é preciso!
No entanto, participar não deve ser um ato desprovido do querer, do saber e do poder. Tanto individual, quanto coletivamente falando. “Querer” pressupõe vontade, disposição, compromisso. “Saber” implica em se ter conhecimento, habilidade, competência. “Poder”, por sua vez, tem a ver com potência , ação, resultados. Portanto, participação compreende formação, informação e mobilização. É produto e processo, ao mesmo tempo.
A construção de um novo modelo de desenvolvimento para o nosso país passa pela concepção de educação e pelo projeto educacional que se quer implementar. O enfrentamento conseqüente dos problemas educacionais deve criar as condições necessárias para as transformações que resultem em novas políticas e na materialização das medidas fundamentais para superação da herança recebida ao longo dos últimos anos.
A participação popular tem sido tema constante da agenda social. Há tempos, movimentos sociais envolveram milhares, e até milhões, de brasileiros e brasileiras como nas “Diretas-Já!”, nas denúncias do “ Grupo Tortura Nunca Mais “, dentre outros. Naquela época , ressurgiu no país com toda a força os movimentos sociais . Havia um objetivo comum: superar a ditadura civil- militar e devolver a democracia , sem adjetivos.
Com base nessas considerações, podemos confirmar que precisamos exercitar a nossa CIDADANIA . Em nossa cidade, por exemplo, nas reuniões das Associações de Moradores, nos Sindicatos da sua categoria, na Câmara de Vereadores , na Prefeitura e principalmente nos espaços de elaboração política como as Conferências , Conselhos Municipais, Seminários, Fóruns, sejam eles no âmbito local, estadual ou federal.
Recriar a escola... Recriar a política... Recriar a vida...
Participar, é preciso!
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
CEPRO – Um Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
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