A educação é um ato permanente, dizia Paulo Freire, e neste sentido que é necessário que construamos instrumentos para a construção de uma sociedade anti-racista, que privilegia o ambiente escolar como um espaço fundamental no combate ao racismo e à discriminação racial.
Sabemos das dificuldades, mas avaliamos ser importante dividir este momento com aqueles e aquelas que desejam uma educação verdadeiramente emancipadora , humanista e não racista.
Neste sentido, em atendimento às atuais demandas e necessidades educativas e pedagógicas que emergem das práticas sociais, bem como, o que estabelece a legislação vigente e as políticas públicas, em especial, a implementação das leis 10.639/2003 e 11.645/2007.
Devemos fazer a nossa parte e estamos tentando construir junto com todos e todas novas práticas de respeito ao ser humano. A realização do 3º Encontro Cultural da Consciência Negra em Rio das Ostras, do CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras, que realizar-se-á no próximo dia 20 deve ser incluído como um movimento ainda inicial, porém com o compromisso de reescrever uma história com caminhos sem tantos espinhos.
Os 122 anos que nos separam da Lei Áurea não foram suficientes para resolver uma série de problemas decorrentes das dinâmicas discriminatórias forjadas ao longo dos quatro séculos de regime escravocrata.
Trazendo para nossa atualidade se considerarmos os mapas de escolaridade encontrado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), bem como os dados na publicação do INSPIR (Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial), não precisaremos fazer muito esforço para compreender a extrema necessidade de diminuir a desigualdade sócio-econômicas a que está submetida a população negra ou parda de nosso país, um total de 43,7% da população brasileira.
Por isso, é necessário que problematizemos a questão da diversidade étnico–racial no âmbito do currículo das escolas , tanto quanto afirmar e estabelecer princípios, objetivos, estratégias para o desenvolvimento de práticas da educação das relações étnico-raciais.
Dia 20 de novembro , dia Nacional da Consciência Negra, nos leva a refletir: que tipo de consciência é esta que construímos no decorrer de nossa história?
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
CEPRO – Um Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
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Um comentário:
espero que um dia isso seja feito em ambito geral na educação... vim saber da lei que traz a educação anti-racista nas escolas [desde 2003] só agora na universidade, e ainda assim os prof secundaristas encontram dificuldades em atuar com base na mesma.
acredito sim no poder da educção... vou além, acredito que só a educação pode alterar esse nosso quadro, e nossa consciência.
“A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” já dizia Paulo Freire... pura verdade!!
gostei do post! bjs
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