quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mostra fotográfica, realizada de 6 a 9 de novembro, celebra o dia do Pantanal. Foto: © Adriano Gambarini

“Pantanal: natureza, conservação e cultura” é o tema da exposição organizada pelo WWF-Brasil em homenagem ao Dia do Pantanal, celebrado no dia 12 de novembro. Por meio do Programa Cerrado Pantanal, em parceria com o fotógrafo Adriano Gambarini, a organização ambientalista realiza o evento gratuito de 6 a 9 de novembro, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande (MS).
A exposição traz 20 fotografias de Adriano Gambarini, fotógrafo da Revista National Geographic Brasil e autor de 12 livros, que mostram o Pantanal em sua rica biodiversidade, fauna e pecuária, a principal atividade econômica da região.

Segundo o coordenador do Programa Cerrado Pantanal, Julio Cesar Sampaio, a exposição tem o papel de mostrar para a população a importância do bioma e da conservação da biodiversidade. “O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta, sendo um imenso reservatório de água doce de grande importância para o suprimento de água, a estabilização do clima e a conservação do solo”, explica.

Os escritórios do WWF no Brasil, Bolívia e Paraguai, países onde o Pantanal está localizado, trabalham juntos por sua conservação. “Esse trabalho conjunto tem promovido resultados efetivos para a conservação da região, entre elas, destacam-se a conservação e a proteção dos ecossistemas aquáticos, o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, o planejamento sistemático do território e o desenvolvimento de hábitos responsáveis de consumo”, afirma Julio Cesar.

A relação de Adriano Gambarini com o Pantanal começou em 1989 quando viajou no lendário Trem do Pantanal. Em 2011, fotografou as principais ações do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil. “Fiz uma seleção baseada na simplicidade que existe no Pantanal. Longe de querer mostrar o inédito, o inusitado. É o dia a dia que começa num nascer do sol intenso, a rotina dos pantaneiros, a busca pela sobrevivência alimentar dos animais, o voo sereno das aves e a tranquilidade de uma onça-pintada. Eu quero que as pessoas tenham a sensação de estar num lugar simples, e por conta disto, de uma beleza única”, afirma o fotógrafo.

Para ele, o desafio maior é imprimir a real beleza do Pantanal em um clique. “São quase dez anos desde o meu primeiro trabalho com o WWF-Brasil. É uma honra trabalhar com uma instituição reconhecida internacionalmente por seu trabalho pela conservação ambiental. Sempre encarei meu trabalho fotográfico com um simples propósito: que ele sirva como um degrau para a conscientização sobre a necessidade urgente de conservar o meio ambiente”, ressalta.

Pantanal

O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta e berço de rica biodiversidade. Possui uma área aproximada de 624.320 km², cerca de 62% no Brasil, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e estende-se pela Bolívia, 20%, e Paraguai, 18%. Pela importância ambiental, foi decretado Patrimônio Nacional, pela Constituição de 1998, e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera, pelas Nações Unidas, em 2000.

No bioma já foram registradas pelo menos 4.700 espécies, incluindo plantas e vertebrados. Desse total, 3.500 são espécies de plantas (árvores e vegetações aquáticas e terrestres), 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos.

WWF-Brasil no Pantanal

O WWF-Brasil apoia projetos de conservação na região há 16 anos. O trabalho consiste na realização de estudos de impacto sobre o uso do solo e mudanças climáticas. Além do cálculo da Pegada Ecológica e monitoramento da cobertura vegetal. Também ajuda na conservação das nascentes e áreas degradadas, busca estimular a produção sustentável de carne com a promoção de boas práticas para o fortalecimento da pecuária orgânica certificada, entre diversos outros projetos. Saiba mais.

Adriano Gambarini

Fotógrafo profissional desde 1992, autor de 12 livros fotográficos e dois de poesia, Adriano integra o grupo de fotógrafos da National Geographic. Documenta periodicamente expedições ambientais em regiões remotas da Amazônia, além de registrar outros biomas para projetos de pesquisas em vida silvestre. Em mais de 20 anos de profissão, fotografou paisagens, bichos, plantas, montanhas e mares. Hoje possui um dos arquivos fotográficos mais diversificados do país, com mais de 170 mil fotografias de ecossistemas, cavernas, vida selvagem, modos de vida e cultura de grupos étnicos. É formado em Geologia pela Universidade de São Paulo, com especialização em Espeleologia. Ministra encontros e palestras sobre fotografia e conservação e é colunista da Agência Ambiental OECO.

Fonte: WWF Brasil.


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