Um dos mais importantes eventos de dança da América Latina, o
festival Panorama ocupa de hoje (1º) até 16 de novembro diversos teatros
e espaços culturais do Rio de Janeiro, com espetáculos e performances
de nove companhias estrangeiras e oito brasileiras. Nesta 23ª edição,
sob a temática “festa como ato político”, o Panorama se volta para os
movimentos festivos que se tornam instrumentos sociais de posicionamento
e expressão.
O coreógrafo norte-americano Trajal Herrel,
elogiado pela crítica internacional, abre o festival, no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro, neste sábado, às 20h, trazendo pela
primeira vez ao país o espetáculo Antigone Sr./Paris is burning at the Judson Church (L). No domingo (2), no Teatro Municipal Carlos Gomes, às 19h, a atração é Quantum,
espetáculo do coreógrafo suíço Gilles Jobin, resultado de uma
residência realizada em 2012 no maior laboratório de física de
partículas do mundo, o CERN, em Genebra.
Para uma das curadoras,
Catarina Saraiva, “o Panorama 2014 se apresenta com uma janela para
estares festivos, políticos e sociais”. Segundo ela, o festival, ao
mostrar as preocupações dos artistas contemporâneos de todo o mundo, “se
dá conta de que como é latente, e não só no Brasil, a vontade de
sublinhar festivamente a importância de estar junto e assumir o desejo
de fazer coisas, que permitam a identificação de liberdades e
diferenças”.
Entre os destaques nacionais, o espetáculo Hyenna – não deforma, não tem cheiro, não solta as tiras, de Tuca Pinheiro (MG), com apresentações nos dias 14 e 15, no espaço Cultural Municipal Sergio Porto, no Humaitá, zona sul do Rio, se inspira na figura da hiena, símbolo das subcondições de vida, para fazer uma referência ao processo neocolonialista. Também no Sergio Porto, a performer e coreógrafa paranaense Michele Moura apresenta neste domingo e na segunda-feira (3) Fole, uma dança em que a respiração acelerada provoca alterações psicofísicas.
Sempre
com preços populares (até R$ 30) ou entrada franca, o festival Panorama
levará ao longo dessas duas semanas performances, intervenções urbanas,
oficinas e conferências ao Centro e às zonas sul, norte e oeste da
cidade. Um deles é o Centro de Artes da comunidade da Maré, na zona
norte, onde neste sábado (1º) a espanhola Paloma Calle apresenta às 17h a
oficina Uma mãe, dois pais, três avós, quatro irmãos, sobre o tema da diversidade familiar.
Além
de teatros e centros culturais, os bailarinos e peformers farão
apresentações em locais públicos como o Parque Lage, no bairro do Jardim
Botânico, e o Largo do Machado, no Catete. A programação completa está
disponível no site www.panoramafestival.com .
CEPRO –
Um Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
Alameda
Casimiro de Abreu , n° 292, 3º andar, sala 02 - Bairro Nova Esperança - centro
Rio das Ostras
Tel.: (22) 2771-8256 e Cel 9807-3974
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