Em meio a atual Copa do Mundo, uma notícia correu o mundo, e o mundo homenageou um dos maiores escritores contemporâneos.
Aos 87 anos, morreu José Saramago (1922 – 2010) ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, em 1998, até agora o único concedido pela Academia Sueca para um escritor de língua Portuguesa.
Autor polêmico e crítico, ao mesmo tempo, sofreu perseguições e ganhou adeptos mundo afora.Filiado ao Partido Comunista Português desde 1969, continuou fiel até seus últimos dias.
Saramago foi cronista político contundente e após a ditadura salazarista 1975, assumiu o cargo de diretor adjunto do “Diário de Noticias”, onde escreveu artigos em defesa da implantação do socialismo em Portugal.
Em 1989, foi eleito Presidente da Assembléia Municipal de Lisboa pelo Partido Comunista Português, tornando-se político, mas não confundindo obra literária com texto panfletário.
Para Saramago, a crítica social foi um dos motores de sua obra, sendo um marco de seus romances a união entre fantasia e política.A sua criação também fazia incursões pela história.
Sua vida toda foi comprometida com a militância de esquerda e suas opiniões políticas e religiosas seguiram cursando polêmicas, incluindo com o governo português e a Igreja Católica.
Além do Nobel de Literatura, recebeu em 1995 o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa.
Suas obras são reconhecidas mundialmente, merecendo traduções em vários idiomas.Entre as mais importantes, destacam-se: “ Levantando do chão”(1980), “Memorial do convento”(1982), “A jangada de pedra”(1986), “Historia do cerco de Lisboa”(1989), “O evangelho segundo Jesus Cristo”(1991), “Ensaio sobre a cegueira”(1995), “As intermitências da morte”(2005), e “Caim”(2009), sua última obra publicada.
Saramago fez visitas freqüentes ao Brasil, tendo firmado sua amizade entre brasileiros e, aqui, sua obra teve igualmente grande receptividade.
José Saramago nasceu em 16 de novembro de 1922, na aldeia de Azinhaga, Portugal, e morreu neste último 18 de junho, na Ilha de Lanzarote, nas Canárias, território espanhol.
O CEPRO – Centro de Educação Popular de Rio das Ostras – se junta a legião de admiradores e resume em uma única palavra, intraduzível para outros idiomas, para expressar esta sentida separação:saudades.
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