quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Felizcidade! Por uma cidade desenvolvida, democrática, ecológica e humana.


"Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de serf apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade de nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando"

O final de 2008 se aproxima e algumas reflexões são necessárias. Aproveitando o momento de celebração do Natal, nossos sentimentos de solidariedade se mostram à flor da pele. Importante percebermos que ainda precisamos de muito para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. E para a diminuição das desigualdades sociais são necessárias políticas públicas efetivamente comprometidas com esta causa, onde se garantam serviços essenciais, como educação, saúde, trabalho, moradia, saneamento, transporte, cultura, segurança etc. Nossa lista pode ser extensa, mas a “precarização” dos investimentos e políticas voltados para o nosso povo mais humilde é histórica.
Embalados pelos sinos e a animação de mais um Natal que chega, este cenário traz nova expectativa para 2009. A partir de 1º de janeiro, quando tomam posse os prefeitos eleitos e reeleitos, esta conjuntura sinaliza que devemos analisar as últimas eleições municipais como termômetro político para a corrida da sucessão presidencial que já começou.
Lembramos que não será tão simples este processo. Para isso, precisamos garantir qualidade de vida e formação, no sentido da educação formal e da cidadania, para que o nosso povo não seja manipulado como já foi outrora. A popularidade atual do nosso Presidente Lula, com a marca de mais de 70%, traduz o reconhecimento do povo com o compromisso assumido com uma pauta mais social.
Sabemos que na ordem do dia está a crise financeira internacional. Os EUA, como potência mundial, imperavam e imperam sobre “resto do mundo” com a ganância de poder, a manutenção da política de guerra e a centralização das maiores forças, através do G8. Conseqüentemente, o preço do império é alto e caro. Mas nós, brasileiros(as), devemos acreditar em nosso país e fortalecer nossa economia, observando o que acontece no mundo, valorizar os pequenos produtores, incentivar a criação de novas ações por uma economia responsável e sustentável. E , principalmente, garantir emprego e renda para a massa dos trabalhadores, no sentido de defender os setores mais pobres e vulneráveis da população.
Trazendo para a nossa realidade, neste caso Rio das Ostras, cidade que escolhi para viver com a minha família, as conversas na padaria, na fila do mercado, no banco etc. refletem um pouco sobre o resultado eleitoral. A população que reconduziu o Prefeito Carlos Augusto para um segundo mandato fez a leitura de que era necessária a conclusão de alguns projetos em curso, entre outros cito o Reviver (PPP), assim como a urbanização da cidade, o saneamento básico e a oferta de água para toda a cidade.
Neste sentido, o sentimento também presente é que a gestão continue investindo e aperfeiçoando os serviços para nossa população. Sabemos que sempre serão demandas crescentes. Poderíamos exemplificar a saúde, a ciência, transporte etc. No entanto, destaco a educação. Ela, além de ser uma exigência legal (Constituição, LDBEN), é um compromisso de todos, como bem revela a CAMPANHA TODOS PELA EDUCAÇÃO, a criação do PDE e o compromisso das 28 metas, assumido pelos gestores. Além disso, há exigência de uma política de valorização dos profissionais como o Plano de Cargos e Salários, o pagamento do Piso Salarial Nacional de R$950,00 e o investimento na formação continuada.
Vale destacar outro ponto nevrálgico de nossa educação: a construção efetiva da universalização do ensino; isto é, a oferta e o atendimento da creche à universidade, para todos. Alguns avanços da parte do governo federal já ocorreram, como a criação do FUNDEB, com um financiamento mais amplo, atendendo a pauta histórica dos movimentos sociais. Agora, aguardamos o retorno das gestões municipais e estaduais.
Entretanto, não existe receita pronta. Mas devemos ressaltar que a participação popular é uma parceria importante. Nos próximos quatro anos, a pauta deve estar comprometida com o respeito aos Direitos Humanos, a realização de Conferências com participação social, a implementação das resoluções aprovadas etc. O que se deseja são a continuidade e o avanço nas áreas social, econômica, política e cultural no país. E certamente em nosso município.Como dissemos em nosso título, em 2009, desejamos uma FELIZCIDADE para todos e todas!

Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão – Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br
Sede: Avenida das Flores n.° 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras – RJ
CEP 28.890-000
Telefax: (22) 2760-6238

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