quinta-feira, 13 de julho de 2023

Em homenagem aos 33 anos do ECA : Lendo Os Direitos das Crianças segundo Ruth Rocha

 



E já que outubro é o mês das crianças, que tal ler com os pequenos Os Direitos das Crianças segundo Ruth Rocha? Para a autora, o objetivo deste texto é “chamar a atenção para o fato de que a infância é um período muito curto, mas é o tempo em que se constrói o direito à felicidade”

O texto é lindo, redigido na forma de poema ele aborda pontos cruciais sobre a infância “Criança tem que ter nome. Criança tem que ter lar. Ter saúde e não ter fome. Ter segurança e estudar” Vamos aproveitar a deixa e conversar com os nossos filhos sobre o que é realmente importante para estar bem e ser feliz? O direito de brincar, o carinho, a proteção.

Será que todas as crianças do mundo tem os seus direitos respeitados? Nós sabemos que não e acredito que é importante discutir esse tema com os nossos filhos, é uma forma de educá-los para a vida, nem sempre florida. Que os nossos filhos reflitam e questionem para que cresçam cidadãos conscientes e politizados. E que saibam que mesmo havendo injustiças é possível promover mudanças, na escola, no bairro, na cidade. Saber quais são os direitos os torna aptos a respeitar também os deveres, a respeitar o outro.

O texto da Ruth Rocha é um convite para essa reflexão, antes de começar a ler é interessante fazer junto com eles uma lista do que eles acreditam como direitos das crianças. É bom explicar que esses direitos estão devidamente registrados em um documento chamado Declaração Universal dos Direitos da Criança, e que foi reconhecido numa Assembléia Geral da ONU, em 1959, claro que não em forma de poesia mas eles estão de forma clara e concisa. Para quem quiser saber mais, este link tem o texto na íntegra.

Já o texto da Ruth Rocha está aqui para ser lido e relido:

Toda criança do mundo deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer nem questão de concordar
Os direitos das crianças todos tem de respeitar.

Direito de perguntar… ter alguém pra responder.
A criança tem direito de querer tudo saber.
A criança tem direito até de ser diferente.
E tem que ser bem aceita seja sadia ou doente.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas a criança também tem o direito de sorrir.
Correr na beira do mar, ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente, filme que tem robô,
Ganhar um lindo presente, ouvir histórias do avô.

Descer no escorregador, fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor, brincar de adivinhação.

Morango com chantilly, ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi, bola, bola, bola bola!

Lamber fundo de panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas, montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas, e uma corda de pular.

Um passeio de canoa, pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa… contar estrelas no céu…

Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cachorro quente.

Festejar o aniversário, com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos, dar uns pulos no colchão.

Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura…
Alguem para querer bem…

Festinha de São João, com fogueira e com bombinha,
Pé de moleque e rojão, com quadrilha e bandeirinha.

Andar debaixo de chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.

Pisar descalça no barro,
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.

Ter tempo pra fazer nada, ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada… Falar pelos cotovelos.

E quando a noite chegar, um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem estar… de preferência com colinho.

Uma caminha macia,
Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita,
Então, dormir e sonhar…

Embora eu não seja rei, decreto, neste país,
Que toda, toda criança tem direito a ser feliz!

DESCRIÇÃO DO PRODUTO

DIREITOS DAS CRIANCAS SEGUNDO RUTH ROCHA, OS

Todas as crianças têm direito a um nome, a uma casa, a comida e estudo. Mas também têm direito a ouvir histórias, andar na chuva e brincar de adivinhação - afinal, a infância é o tempo em que começamos a perceber o tamanho do mundo e descobrir quem somos. Inspirada nas idéias de igualdade universal - e também nas brincadeiras e emoções que só as crianças conhecem -, Ruth Rocha escreveu um livro de poesia sobre aquilo que não pode faltar durante a infância.

O poema começa dizendo que "toda criança tem de ser bem protegida/ contra os rigores do tempo/ contra os rigores da vida". Ruth Rocha constrói seu texto brincando com o conceito de direitos da criança - não apenas aqueles que a lei assegura, mas também os que só muita liberdade, brincadeira e alegria podem garantir: direito a correr na beira do mar, a "ver uma estrela cadente,/ filme que tenha robô,/ ganhar um lindo presente,/ ouvir histórias do avô".

Em Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha, a alegria é a lei maior. Como diz a autora nos últimos versos do livro, "embora eu não seja rei,/ decreto, neste país,/ que toda, toda criança/ tem direito a ser feliz!". As aquarelas de Eduardo Rocha, marido de Ruth, são bem-humoradas e delicadas, e dão ao poema uma interpretação visual sob medida, que o projeto gráfico de Raul Loureiro soube deixar ainda mais atraente.

O livro traz um apêndice que conta a história da conquista dos direitos infantis desde 1789, com a Revolução Francesa, passando pela "Declaração dos direitos da criança", de 1924, e pela criação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em 1946. O texto apresenta também as conquistas mais recentes, asseguradas na Convenção sobre os Direitos das Crianças, da ONU, em 1989, e pela promulgação no Brasil do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990.


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10520087_10205119346253278_826309639437374543_nCristina ama literatura infantojuvenil e por isso, faz as aventuras, descobertas e fantasias chegarem até você através de dicas e reviews de livros. Cristina é diretora da Biblioteca Infanto-juvenil Patricia Almeida, um departamento da Brasil em Mente.

 

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Por Cristina Marrero  Coluna Lendo :https://brasileirinhos.wordpress.com/2013/10/17/lendo-os-direitos-das-criancas-segundo-ruth-rocha/


Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras - CEPRO


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