Neste artigo sobre o processo eleitoral deste ano, vamos tratar da questão mais central de toda e qualquer eleição: em que candidato(s) votar?
É claro que não vamos declarar nosso voto e nem sugerir a quem eleger. Não porque o voto seja secreto ou porque não tenhamos a quem apoiar. Nosso texto, como tantos outros desta coluna, visa estabelecer um diálogo reflexivo e não “fazer a cabeça” de um eventual (e)leitor.
No entanto, sabemos todos, que discurso algum é neutro, politicamente falando. Todo discurso explicita, ora mais, ora menos, nossa concepção de mundo e de sociedade. Mas deixemos isso para nossos leitores avaliarem...
Voltando ao tema e refazendo a pergunta inicial: quem merece o nosso voto? Para começar, diríamos que poderia ser aquele que mais promete ou “oferece mais”! Por esse caminho, a frustração seria certamente grande. Além de ninguém poder dar tudo a todos – o que já seria por si só uma grande mentira – como o candidato eleito seria capaz de identificar seus eleitores para premiá-los?
A não ser nos casos dos votos chamados de “cabresto”. Daí surge outra questão: quem se presta a esse papel merecerá “recompensa”, mesmo uma reles migalha? No entanto, a prática nos mostra que o mundo é dos espertos... Que acabam também sendo enganados.
É o caldo de nossa cultura política, onde viceja a “ética” do “é dando que se receba”. Ou, ainda, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Ou, simplesmente, “quero o meu”.
Outro caminho, para decidir pelo nosso voto, é tratar de saber quem faz exatamente o inverso, isto é, quem promete menos e faz (ou fez) mais. Esta nos parece a via melhor. Pelo menos, quanto ao grau de eventual frustração...
Mas outros elementos podem (e devem) ser atendidos. Ao escolhermos um(a) candidato(a), precisamos saber sobre sua biografia, não só pessoal e profissional, mas também política. E fazer algumas perguntas.
Que realizações efetivou para atender às necessidades da população, em particular, dos setores mais pobres? Quem são seus aliados e qual a reputação deles? Têm ou tiveram passagem pelas manchetes dos jornais? Ou têm prudências e irregularidades a serem esclarecidas e/ou sanadas?
Existe ainda o capítulo dos partidos, que são números e, na maioria, com pouquíssima representatividade.
Nessa babel eleitoral, o pobre eleitor fica na sua difícil missão de escolher o melhor candidato(a). No entanto, uma certeza nos acolhe: nada melhor que a nossa própria consciência para dirigir nossas ações e reações.
Até lá. E boa escolha.
ProfªGuilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
CEPRO – Um Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
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