Foi significativo o aumento de mulheres no mercado de trabalho nos 
últimos dez anos. Se em 2002 elas correspondiam a 34% dos trabalhadores 
renumerados, hoje este número já chega a 43%. Essa maior participação, 
contudo, não veio acompanhada  de mudanças na divisão sexual do trabalho
 – que inclui o cuidado com filhos -, fazendo da falta de creches uma 
das principais reclamações do grupo feminino em relação às políticas 
públicas.
O tema voltou à pauta nas eleições municipais 
de 2012 e tem permeado a disputa entre candidatos de todos os partidos. 
 De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular em 
conjunto com o SOS Corpo, 88% das entrevistadas apontam a creche como 
uma das importantes demandas da atualidade. 34% delas afirmam que 
encontrar vagas é a maior dificuldade para as mulheres que trabalham, 
problema que fica à frente, por exemplo, da falta de transporte (23%).
Ainda
 conforme a pesquisa, no Brasil 10 milhões de crianças estão em idade de
 frequentar creches, mas apenas 21% delas estão matriculadas. Outro 
agravante é que 45% das mães que trabalham não têm ajuda para cuidar dos
 filhos. “Esse cuidado continua a ser uma responsabilidade quase 
exclusiva das mulheres. Isso traz como consequências desigualdades no 
mercado de trabalho, tanto para conseguir emprego como no 
desenvolvimento profissional das que já estão no mercado”, explica Maria
 Betânia Ávila, pesquisadora do SOS Corpo.
Quando respondiam 
espontaneamente sobre as principais melhorias que poderiam ajudar no dia
 a dia, maior quantidade de creches e melhor transporte ficaram 
empatados em primeiro lugar, ambos com 16%. Existe uma demanda por 
qualidade das entidades e que elas funcionem até às 22 horas. “Os 
horários de funcionamento não são compatíveis com os horários de 
trabalho das mulheres e com os tempos de deslocamento, cada vez maiores 
nas grandes cidades. Também não considera a realidade daquelas que 
trabalham à noite ou nos finais de semana”, diz a também pesquisadora do
 SOS Corpo, Verônica Ferreira.
Foram ouvidas 800 mulheres entre 18
 a 64 anos que trabalham e são moradoras de regiões metropolitanas do 
Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
 Paraná, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal.
Fonte:  Carta Capital.
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