Você sabia que 25 de julho foi instituído oficialmente no Brasil como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra? Está na Lei n° 12.987/2014 e é importante ressaltar que a data marca também a Diáspora africana, que envolveu migração forçada de africanos durante o tráfico transatlântico de escravizados.
Com o objetivo de trazer visibilidade e reforçar a importância dessa data, a Turma da Mônica homenageia a mulher que dá nome a essa data comemorativa. Tereza de Benguela, líder quilombola, acaba de entrar para o hall das Donas da Rua da História. A iniciativa visa resgatar a trajetória de mulheres que marcaram a humanidade com suas ações.
Tereza de Benguela, ou Rainha Tereza, como ficou conhecida em seu tempo, viveu no século 18, no Vale do Guaporé, no Estado do Mato Grosso. E seus feitos fazem parte da história pouco contada do Brasil e que vem sendo resgatada pelo movimento negro.
Na época, a repressão ao movimento negro era brutal e tinha como objetivo intimidar os que lutavam. Depois de seu marido, José Piolho, ser morto por soldados, ela foi responsável pela liderança do Quilombo do Piolho (também conhecido como Quilombo do Quariterê), o maior do Mato Grosso. Segundo documentos da época, esse refúgio abrigava mais de 100 pessoas, entre negros e indígenas, e resistiu da década de 1730 ao fim do século 18, quando atacado pelo exército.
Para Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, trazer visibilidade para essa data e para a protagonista desse marco histórico é poder inspirar e empoderar outras meninas e mulheres. “Tereza foi uma mulher forte e que nos deixou um legado atemporal. Tereza foi e continua sendo exemplo de resistência”, destaca.
Criado em 2016, o Donas da Rua tem como um de seus objetivos trazer visibilidade às mulheres notáveis para que se tornem exemplo, incentivem e conscientizem outras meninas e mulheres de que todas são capazes de marcar a história da humanidade.