terça-feira, 23 de dezembro de 2008
O CEPRO deseja Boas Festas
Equipe do CEPRO:
Guilhermina Rocha - Presidente
Cesar Gomes - Secretário Geral
Rosaldo Peixoto - Diretor de Finanças
Jean Cerqueira - Diretor de Comunicação
Rosilene Macedo - Diretora de Patrimônio
Marco Aurélio - Diretor de Assuntos Jurídicos
Fábio Rocha - Diretor de Formação e Cultura
Conselheiros(as): Yandiara, Augusto e Dulce
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Felizcidade! Por uma cidade desenvolvida, democrática, ecológica e humana.
O final de 2008 se aproxima e algumas reflexões são necessárias. Aproveitando o momento de celebração do Natal, nossos sentimentos de solidariedade se mostram à flor da pele. Importante percebermos que ainda precisamos de muito para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. E para a diminuição das desigualdades sociais são necessárias políticas públicas efetivamente comprometidas com esta causa, onde se garantam serviços essenciais, como educação, saúde, trabalho, moradia, saneamento, transporte, cultura, segurança etc. Nossa lista pode ser extensa, mas a “precarização” dos investimentos e políticas voltados para o nosso povo mais humilde é histórica.
Embalados pelos sinos e a animação de mais um Natal que chega, este cenário traz nova expectativa para 2009. A partir de 1º de janeiro, quando tomam posse os prefeitos eleitos e reeleitos, esta conjuntura sinaliza que devemos analisar as últimas eleições municipais como termômetro político para a corrida da sucessão presidencial que já começou.
Lembramos que não será tão simples este processo. Para isso, precisamos garantir qualidade de vida e formação, no sentido da educação formal e da cidadania, para que o nosso povo não seja manipulado como já foi outrora. A popularidade atual do nosso Presidente Lula, com a marca de mais de 70%, traduz o reconhecimento do povo com o compromisso assumido com uma pauta mais social.
Sabemos que na ordem do dia está a crise financeira internacional. Os EUA, como potência mundial, imperavam e imperam sobre “resto do mundo” com a ganância de poder, a manutenção da política de guerra e a centralização das maiores forças, através do G8. Conseqüentemente, o preço do império é alto e caro. Mas nós, brasileiros(as), devemos acreditar em nosso país e fortalecer nossa economia, observando o que acontece no mundo, valorizar os pequenos produtores, incentivar a criação de novas ações por uma economia responsável e sustentável. E , principalmente, garantir emprego e renda para a massa dos trabalhadores, no sentido de defender os setores mais pobres e vulneráveis da população.
Trazendo para a nossa realidade, neste caso Rio das Ostras, cidade que escolhi para viver com a minha família, as conversas na padaria, na fila do mercado, no banco etc. refletem um pouco sobre o resultado eleitoral. A população que reconduziu o Prefeito Carlos Augusto para um segundo mandato fez a leitura de que era necessária a conclusão de alguns projetos em curso, entre outros cito o Reviver (PPP), assim como a urbanização da cidade, o saneamento básico e a oferta de água para toda a cidade.
Neste sentido, o sentimento também presente é que a gestão continue investindo e aperfeiçoando os serviços para nossa população. Sabemos que sempre serão demandas crescentes. Poderíamos exemplificar a saúde, a ciência, transporte etc. No entanto, destaco a educação. Ela, além de ser uma exigência legal (Constituição, LDBEN), é um compromisso de todos, como bem revela a CAMPANHA TODOS PELA EDUCAÇÃO, a criação do PDE e o compromisso das 28 metas, assumido pelos gestores. Além disso, há exigência de uma política de valorização dos profissionais como o Plano de Cargos e Salários, o pagamento do Piso Salarial Nacional de R$950,00 e o investimento na formação continuada.
Vale destacar outro ponto nevrálgico de nossa educação: a construção efetiva da universalização do ensino; isto é, a oferta e o atendimento da creche à universidade, para todos. Alguns avanços da parte do governo federal já ocorreram, como a criação do FUNDEB, com um financiamento mais amplo, atendendo a pauta histórica dos movimentos sociais. Agora, aguardamos o retorno das gestões municipais e estaduais.
Entretanto, não existe receita pronta. Mas devemos ressaltar que a participação popular é uma parceria importante. Nos próximos quatro anos, a pauta deve estar comprometida com o respeito aos Direitos Humanos, a realização de Conferências com participação social, a implementação das resoluções aprovadas etc. O que se deseja são a continuidade e o avanço nas áreas social, econômica, política e cultural no país. E certamente em nosso município.Como dissemos em nosso título, em 2009, desejamos uma FELIZCIDADE para todos e todas!
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão – Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Natal no CEPRO
O CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras está organizando a celebração de Natal com sabor de Solidariedade. Estamos arrecadando doações de brinquedos e livros infantis até o dia 21 de dezembro de 2008 (domingo), para serem doados na Confraternização de Natal.
Participe!
Confraternização de Natal das Crianças no CEPRO
Dia 23 de dezembro de 2008 (3ª feira)
Horário: 15:00 às 17:00 horas
Local: Avenida das Flores, 394 – Bairro Âncora – Rio das Ostras
CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Sede: Avenida das Flores n.° 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras – RJ
CEP 28.890-000
Telefax: (22) 2760-6238
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Site: cepro-rj.blogspot.com
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos
Sob coordenação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) e do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH), a 11ª CNDH foi precedida de conferências estaduais e distrital, etapa que se encerrou em 17 de setembro e foi organizada por comissões estaduais e distrital paritárias, com integrantes do Poder Público e da sociedade civil, reunindo aproximadamente 14 mil participantes.
Nesta edição, a conferência aborda os direitos humanos em torno da sua universalidade, interdependência e indivisibilidade, tratando de forma mais coesa, associada e integrada as múltiplas dimensões destes direitos, quer sejam os direitos civis e políticos, bem como os econômicos, sociais, culturais e ambientais. A metodologia das discussões tem como base um conjunto de eixos orientadores, por meio de um enfoque transversal e integrado.
Esses eixos orientadores são:
1. Universalizar direitos em um contexto de desigualdades;
2. Violência, segurança pública e acesso à justiça;
3. Pacto federativo e responsabilidades dos três Poderes, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
4. Educação e cultura em direitos humanos;
5. Interação democrática entre Estado e sociedade Civil;
6. Desenvolvimento e direitos humanos;
7. Direito à memória e à verdade.
A 11ª CNDH é um fórum privilegiado de interação entre esses atores e os atuais espaços de participação democrática e monitoramento da política nacional dos direitos humanos no país. (Programação)
Avaliando e legitimando prioridades, conhecendo e reconhecendo novos e tradicionais agentes atuantes nos direitos humanos, incluindo no debate aqueles pertencentes a grupos historicamente sujeitos a violações de direitos.
SEDE: Avenida das Flores n.º 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras – RJ
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 60 anos depois. Continua uma Utopia?
No ensejo das comemorações, em 10 de dezembro, do Dia Internacional dos Direitos Humanos, nos juntamos a todos(as) aqueles(as) que buscam a utopia por um outro mundo possível.
Proclamada pela Assembléia Geral da ONU, em dezembro de 1948, a Declaração estabelece direitos universais para todos os povos, independentemente de credo, gênero, raça ou etnia. Hoje, está disponível em 360 idiomas, sendo fonte para constituições de muitos Estados mundo afora.
Em um artigo inicial a Declaração reza: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos". Para os militantes dos direitos humanos, o maior desafio é passar da palavra escrita ao ato concreto. Enquanto isso não acontece, de fato, a Declaração não passará de boas intenções, no Brasil e no resto do mundo.
A impunidade é um grande estimulo à pratica delituosa por parte dos poderosos em todos os continentes, sendo ainda o grande desafio a ser enfrentado.
Outra falta é a violação dos direitos sociais, com a desregulamentação econômica que atinge os mais pobres e que empobrecem ainda mais nesta fase do capitalismo neoliberal.
A dívida social e cultural do país para com sua população mais pobre é grande e vem de longa data. Direitos humanos para esta parcela são uma enorme frustração.
Já durante a ditadura civil-militar, de 1964 até 1985, muitas violações ocorreram, como censura, exílio, tortura, morte e desaparecimentos. Com a Constituição de 1988 houve grandes avanços na defesa dos direitos, em particular com relação a criança e adolescente, mulheres, racismo, deficiência e tortura.
Agora, se dá ênfase ao enfrentamento da pobreza e da fome. No entanto, no Brasil, todo dia ainda é palco de alguma violação, em especial quanto a violência doméstica e sexual contra mulheres e crianças.
Para popularizar o conceito dos direitos humanos e cada um dos 30 artigos da Declaração Universal, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Governo Federal está organizando um grande mutirão.A iniciativa é dirigida a toda a sociedade brasileira, sem distinção. São diversas ações, materiais informativos e peças de divulgação que estarão disponíveis para que todos os segmentos sociais possam se engajar.
Uma outra iniciativa é a construção da 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos que ocorrerá em Brasília de 15 à 18 de dezembro, onde estarei participando. Tendo como tema Democracia, Desenvolvimento e Direitos Humanos: Superando as Desigualdades.
Como presidente do CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras, que tem nos direitos humanos um dos seus pilares de atuação, venho me solidarizar com todos(as) aqueles(as) que mantêm a utopia por um mundo melhor, sem violência, sem discriminação e sem exclusão, de qualquer espécie.
Multiplique os direitos humanos, divulgue a declaração, contribua para que todos e todas conheçam e exijam seus direitos fundamentais.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos prega a liberdade de expressão, de pensamento, a luta pela igualdade e o respeito a todos. Hoje, 60 anos depois, essa Declaração continua sendo escrita, a cada dia, pelas mãos de todos nós.
Este bem poderia ser o melhor presente para o Natal que se aproxima...
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Curiosidades
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Artigo: Responsabilidade Social
A Responsabilidade Social é de todos, mas a credibilidade é nossa!
Neste caminho, hoje, o Terceiro Setor reanima o debate em nossa sociedade. Seja contra, ou seja a favor delas, as denominadas Organizações Não-Governamentais (ONGs) acham-se na “crista da onda”, demandando discussões acaloradas.
Se, de um lado, existem organizações com comprovado compromisso com a sociedade, de outro, existem aquelas com irregularidades que precisam ser combatidas e superadas.
Para alguns especialistas, estão na origem desses problemas a falta de profissionalização na maioria das ONGs e a pouca eficiência na utilização dos recursos, tanto públicos, quanto privados. Resultando, tudo isso, na desconfiança cada vez mais generalizada por parte dos investidores sociais, repercutindo no conjunto da sociedade.
Há, pois, uma necessária mudança de mentalidade e de estabelecimento de objetivos e o devido acompanhamento e avaliação dos resultados obtidos. E, mais ainda, a progressiva incorporação do conceito de Responsabilidade Social e Ambiental no trato das ações concretas de intervenção junto à sociedade.
Ressaltamos que não se trata de reproduzir no Terceiro Setor a lógica neoliberal do mercado auto-regulador e auto-suficiente. Pois, se trata de encontrar melhor definição para os projetos e recursos destinados ao público-alvo, de fato, necessitado das ações sociais.
Outro desvio comum diz respeito à interferência político-partidária na atuação das ONGs, que as descaracteriza e afasta ou inibe colaboradores em vista de parcerias e convênios, necessários e bem-vindos.
O afastamento dos investidores sociais privados pode acarretar maior dependência dos recursos públicos, o que provoca outro problema, que é a dependência governamental.
São poucas as ONGs que funcionam de forma ideal, plenamente independentes. O que gera desconforto no trato com as autoridades públicas. Embora o mesmo fato possa se dar em relação aos investidores privados, em especial, quando se tratam de grandes empresas, que tendem a ditar as regras.
O Terceiro Setor deve ter independência para discutir junto à sociedade sobre as políticas públicas implementadas ou a serem implementadas pelos governos.
Toda essa discussão para bom termo necessita da pluralidade de concepções e multiplicidade de atores envolvidos.
Por tudo isso, o debate continua em aberto!
Presidente do CEPRO
Historiadora e Especialista da Educação
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
7ª edição do Simpósio Internacional de Contadores de Histórias
Entre as atividades programadas, podemos citar Mesas-redondas, Feira de livros, Cantinho de leitura, Palco aberto para que o público narre suas histórias, Espaço cenográfico, Oficinas e Maratona de Contos durante 24 horas ininterruptas.
O evento que será realizado no Espaço SESC Copacabana, homenageia este ano o centenário de “Almirante” (Henrique Foréis Domingues) criador do programa "Incrível, fantástico, extraordinário" sucesso no rádio nas décadas de 30 e 40.
Afinal, quem não gosta de uma boa história e mais ainda que não fica feliz ao ver crianças e até mesmo adultos maravilhados com histórias de ontem, de hoje e de sempre.
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Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Podemos dizer que no caso brasileiro, temos mais uma data destacada nesse processo de luta e conscientização sobre a violência, que o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Tudo isso para que a sociedade repudie este ato de violência praticado contra as mulheres, uma clara violação dos Direitos Humanos.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Amazônia: Da natureza à Inovação Tecnológica
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
1º Encontro Cultural da Consciência Negra em Rio das Ostras
"Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade..."
Dona Ivone Lara (Jorge da Portela e Adilson Barbado)
Com a intenção de problematizar a questão da diversidade étnico-racial o Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras - CEPRO organiza o 1º Encontro Cultural da Consciência Negra em Rio das Ostras.
O objetivo é dialogar em torno das relações étnico-raciais atendendo principalmente às atuais demandas e necessidades que emergem das práticas sociais, bem como, o que estabelece a legislação vigente e as políticas públicas, em especial, a implementação da lei 10.639/2003.
Além disso, desejamos que este encontro possibilite a formação de um núcleo de estudos e pesquisas sobre a temática e acompanhe a construção e implementação de políticas de ação afirmativa no município de Rio das Ostras.
Neste sentido, estamos convidando você para participar deste evento que acontecerá no dia 22 de novembro de 2008 (Sábado), das 10h às 16h. Na sede do Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras – CEPRO. Situado na Avenida das Flores, N.º 394 – Bairro Âncora em Rio das Ostras.
Sabemos das dificuldades quanto a disponibilidade de tempo, mas avaliamos ser importante dividir este momento com aqueles e aquelas que desejam uma sociedade verdadeiramente emancipadora, humanista e não racista.
Agradeço à todos e a todas pela oportunidade de construirmos mais este sonho.
Guilhermina Rocha
Presidente do CEPRO
Programação
9h30 – Credenciamento
10h – Abertura – Apresentação Cultural: Associação de Cultura e Capoeira BALIKUDDEMBE – Mestre Mistério.
10h30 – Palestra: “As Relações Étnico-Raciais: Reflexões e Práticas”.
11h30 – Abertura da Exposição de Trabalhos
12h – 2ª Feijoada Cultural e Chorinho
13h – Vídeo e Debate: “Vista Minha Pele” – Joel Zito de Araújo
14h – Apresentação Cultural: Hip-Hop – Grupo “Filhos do Vento”
15h – Projeto ContAção de Histórias
16h – Encerramento
SEDE: Avenida das Flores nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras- RJ
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As Relações Étnico-Raciais: Reflexões e Práticas
“Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!”
Segundo as leis, todas as pessoas devem ser respeitadas por sua raça, cor, credo, orientação religiosa e sexual. Isto acontece? Poderíamos dizer que em algumas vezes, sim, no entanto, desejamos que se torne uma prática comum entre todos e todas.
A partir do século XVI, as populações negras desembarcadas no Brasil foram distribuídas em grande quantidade nas regiões litorâneas, com maior concentração no que atualmente se denomina regiões nordeste e sudeste, cujo crescimento econômico no decorrer dos séculos XVII, XVIII e XIX foi assegurado pela expansão das lavouras de cana-de-açúcar.
Até 1888, o ano da abolição formal da escravidão no Brasil, por meio da chamada Lei Áurea, a população negra escravizada vivenciou a experiência de ter poucos direitos, assinalados em vários documentos oficiais, sob a tutela do Estado.
Os 120 anos que nos separam da Lei Áurea não foram suficientes para resolver uma série de problemas decorrentes das dinâmicas discriminatórias forjadas ao longo dos quatro séculos de regime escravocrata. Ainda hoje, permanece na ordem do dia a luta pela participação eqüitativa de negros e negras nos espaços da sociedade brasileira.
Trazendo para nossa atualidade se considerarmos os mapas de escolaridade encontrado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), bem como os dados na publicação do INSPIR (Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial), não precisaremos fazer muito esforço para compreender a extrema necessidade de diminuir a desigualdade sócio-econômicas a que está submetida a população negra ou parda de nosso país, um total de 43,7% da população brasileira.
Por isso, é necessário que problematizemos a questão da diversidade étnico–racial no âmbito do currículo das escolas , tanto quanto afirmar e estabelecer princípios, objetivos, estratégias para o desenvolvimento de práticas da educação das relações étnico-raciais.
A educação é um ato permanente, dizia Paulo Freire, e neste sentido que é necessário que construamos instrumentos para a construção de uma sociedade anti-racista, que privilegia o ambiente escolar como um espaço fundamental no combate ao racismo e à discriminação racial.
Principalmente, em atendimento às atuais demandas e necessidades educativas e pedagógicas que emergem das práticas sociais, bem como, o que estabelece a legislação vigente e as políticas públicas, em especial, a implementação da lei 10.639/2003.
Por meio desta pequena reflexão, acreditamos poder contribuir para a construção de uma educação que seja geradora de cidadania, que atenda e respeite as diversidades e peculiaridades da população brasileira em questão, que respeite e observe o repertório cultural da população negra e o relacione com as práticas inclusivas existentes.
Sabemos das dificuldades, mas avaliamos ser importante dividir este momento com aqueles e aquelas que desejam uma educação verdadeiramente emancipadora , humanista e não racista.
Devemos fazer a nossa parte e estamos tentando construir junto com todos e todas novas práticas de respeito ao ser humano. A realização do 1º Encontro Cultural da Consciência Negra em Rio das Ostras, do CEPRO , que realizar-se-á no próximo dia 22 deve ser incluído como um movimento ainda inicial, porém com o compromisso de reescrever uma história com caminhos sem tantos espinhos.
Agradeço a todos e a todas pela oportunidade de construirmos mais este sonho. (*Artigo do Jornal Razão)
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
CEPRO – CENTRO CULTURAL DE EDUCAÇÃO POPULAR DE RIO DAS OSTRAS
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
1º Congresso Estadual do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
Diversos grupos de catadores de materiais recicláveis do Rio de Janeiro, observando, é claro, suas particularidades, se organizam em Cooperativas ou Associações e participam de encontros e eventos capazes de proporcionar o intercâmbio de informações e tecnologias, e elevar a qualidade no trabalho.
O destino final do resíduo sólido urbano no Brasil apresenta um quadro lamentável, por diversas vezes, algumas famílias retiram seu sustento, em condições subumanas, trabalhando e se alimentado do lixo, tendo na catação em Lixões e nas ruas o único meio de sobrevivência. Nitidamente marcados por um problema de exclusão social, que não distingue sexo, raça ou idade.Essa atitude é, sem dúvida, louvável e o Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras – CEPRO acredita que são essas políticas e tomadas de consciência que farão o mundo ser um lugar melhor para nós e para as gerações futuras.
Prêmio Camélia da Liberdade - CEAP
O CEAP está desenvolvendo o projeto “Ação Afirmativa, Atitude Positiva: seu sonho é nossa luta”, que visa, através de campanhas, concursos e periódicos, voltar os olhos da sociedade brasileira para fatos relacionados à diversidade racial e étnica e seus problemas, assim como à importância da contribuição histórica dos afro-descendentes no desenvolvimento do Brasil.
Além dessa campanha, o CEAP está promovendo o Prêmio Camélia da Liberdade, que tem por objetivo agraciar aqueles que tenham contribuído para a busca de oportunidades para a população negra no país, no âmbito da cultura, educação, e mercado de trabalho, entre outros. O fato de uma camélia representar essa campanha remete ao símbolo usado pelos abolicionistas no século XIX.
SEDE: Avenida das Flores nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras- RJ
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
O CEPRO no Fórum Social Mundial
Os Fóruns Sociais Mundiais foram criados para ser a alternativa às ações dos poderosos interesses capitalistas representados principalmente pelo G8, o grupo dos 7 países mais ricos do mundo e a Rússia, e pela reunião de cúpula deste em Davos, Suíça, no conhecido Fórum Econômico Mundial.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
NOSSA MISSÃO
Ostra Aberta e Contação de Histórias
O primeiro deles é o projeto Ostra Aberta, que é intervenção artística urbana idealizada por alunos de Produção Cultural do PURO-UFF juntamente do II Fórum de Cultura do Interior.
Esse evento ocorrerá simultaneamente em diversas praças e locais de Rio das Ostras, onde vários artistas de diversas linguagens estarão realizando performances e manifestações em prol de revitalizar a cultura no município.
Participe do "Ostra Aberta".
Veja a arte nas ruas e apóie o movimento!
Faça sua (p) arte!!!
Locais:
Praça José Pereira Câmara – Centro;
Praça do Posto de Saúde da Família do Âncora – Bairro Âncora;
Praça Gilson Zarour – Rua Bangu;
Praça do Trem – Rocha Leão.
O CEPRO apóia essa atitude e participa deste projeto.
Já o segundo projeto é uma ação que ocorre nos sábados em nossa sede e que temos uma aceitação muito importante da população do Bairro Âncora e adjacências: O projeto de Contação de Histórias.
CEPRO – CENTRO CULTURAL DE EDUCAÇÃO POPULAR DE RIO DAS OSTRAS
SEDE: Avenida das Flores nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora – Rio das Ostras- RJ
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CEPRO ALFABETIZANDO
Acreditamos que esta atitude possibilita a obtenção da cidadania, através da alfabetização e do letramento, a pessoas que não tiveram essa oportunidade ao longo de suas vidas, por motivos diversos, como trabalho, casamento, entre outras situações.
A alfabetização é, portanto, o ato de alfabetizar indivíduos e letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e escrita. O estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais.
Uma estudante norte-americana de origem asiática, Kate M. Chong, definiu em um poema, sua trajetória pessoal e sua experiência com o Letramento.
O QUE É LETRAMENTO?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente
O tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ampliação da sede do CEPRO
Nas últimas duas semanas o nosso CEPRO - Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras - realizou uma reforma de ampliação na sua sede. O que resultou que poderemos atender e desenvolver melhor o trabalho em nossa comunidade. Para celebrar este momento , convidamos você para compartilharmos nossa alegria por esta conquista.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Dezoito anos já se passaram e, mais do que nunca, ainda precisamos conhecer a Lei 8.069/90 que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Estatuto é instrumento fundamental para que todos nós nos dediquemos à defesa e ao atendimento aos direitos de crianças e adolescentes.
Os direitos da criança e do adolescente só se estabelecerão concretamente com o exercício cotidiano desta lei, pelos mais amplos segmentos sociais.
Estamos conscientes de que o compromisso com o ECA é de extrema necessidade, para que suas premissas sejam implementadas em nossa cidade.
Superar as dificuldades e a descrença é a nossa tarefa para que as crianças riostrenses possam, efetivamente, tornarem-se sujeitos do seu próprio destino, como preconiza a lei.
No dia 10 de outubro, o CEPRO participou da audiência pública sobre a Criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.
Avenida das Flores, n° 394 - Bairro Residencial Praia Âncora - Rio das Ostras
Tel.: 2760-6238
email: cepro.rj@gmail.com
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Feliz Dia dos Professores
Um investimento na Qualidade da Educação.
Dia 15 de outubro – Dia da Educação! Vivemos um momento muito fecundo de reflexões, tendo como objetivo possibilitar uma multiplicidade de resultados para que a educação avance mais quantitativa e qualitativamente. Definindo os rumos da educação pública no Brasil, para torná-la prioridade dentre as políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal
Neste sentido, reafirmamos que algumas mudanças são fundamentais para a efetivação desta melhoria de qualidade na educação.
Destacamos a Formação dos Trabalhadores em educação, entendida na perspectiva social e posta no nível de política pública, deve ser tratada como direito, superando o estágio das iniciativas individuais para aperfeiçoamento próprio. Conjuntamente com a carreira e a jornada de trabalho e a remuneração. Elementos indispensáveis à implementação de uma política de valorização profissional.
A formação deve ser pensada como processo inicial e continuado e definida como direito dos profissionais da educação e dever do Estado, garantindo as condições para esse processo formativo, principalmente, dentro de sua carga horária de trabalho conforme prevê a LDBEN.
Um outro ponto que compõem é o PSPN (Piso Salarial Profissional Nacional), que agora é lei e precisa ser cumprido.
No entanto, outras conquistas são necessárias para a composição deste cenário, permeando assim um processo de valorização profissional: a realização de concurso público, a regulamentação da carreira, prevendo-se jornada do(a) professor(a) e o regime jurídico único.
Infelizmente, as políticas educacionais pouco avançaram no sentido da construção da educação classista, pública, inclusiva, gratuita, democrática e de qualidade social.
A construção de um novo modelo de desenvolvimento para o nosso país passa pela concepção de educação e pelo projeto educacional que se quer implementar.
O enfrentamento conseqüente dos problemas educacionais deve criar as condições necessárias para as transformações que resultem em novas políticas e na materialização das medidas fundamentais para a superação da herança herdada ao longo de muitos últimos anos.
Devemos ter como eixo central o atendimento aos direitos sociais – universalizar a educação em todos níveis e modalidades. Esse desafio requer a priorização da educação nos planos de governo e o aumento das verbas para educação.
A concepção de uma escola unitária, onde o ser humano é concebido como ser ativo, crítico, construtor de sua própria cultura, da história e da sociedade em que vive.
Portanto, é imprescindível seu acesso a uma escola que, além de formação ampla, desenvolva valores e atributos inerentes à cidadania.
Parabéns!
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sábado, 2 de agosto de 2008
1º Arraial do CEPRO
A festa contará com diversas brincadeiras, barracas com comidas típicas e atrações musicais.
Venham e participem!
Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
Telefone: (22) 2760-6238 / (22) 9834-7409
E-mail: cepro.rj@gmail.com
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CONAE Publicado cronograma das conferências estaduais da Conae A etapa estadual será realizada em todas as unidades da Federação. As datas estão disponíveis na página da Conae 2024
A maioria das u nidades da Federação já agendou as datas para o lançamento e a realização das conferências estaduais, que antecedem a C...
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