segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Democratizar é preciso. Contra o latifúndio da mídia brasileira.


Vem de longe a luta da sociedade brasileira contra o latifúndio midiático e a manipulação da informação no Brasil.
Casos emblemáticos ficaram na memória do povo brasileiro, como o seqüestro do empresário Abílio Diniz em meio ao segundo turno das eleições, em 1989; a fraude eleitoral da Proconsult, em 1982; e o episódio da bomba do Riocentro, em 1981. Nestas, como em outras situações, a mídia hegemônica e conservadora não só se omitiu como mentiu para a população, divulgando e reforçando a versão oficial. Eram os tempos de chumbo pós-64...
Para não se repetir os erros do passado, é preciso enfrentar o problema na sua origem e entender a comunicação com direito humano essencial. Portanto, sua democratização é necessária e urgente no Brasil.
Assim, a luta pela democratização dos meios de comunicação levou, inclusive, os movimentos sociais a unificar a sua pauta, visando o enfrentamento dos donos da mídia brasileira.
A avaliação geral é de que a luta do povo brasileiro pelo desenvolvimento social do país será sempre difícil e sempre atacada pela mídia hegemônica, enquanto não houver espaço para a liberdade e diversidade de idéias e informações.
É fato conhecido que a característica da comunicação no Brasil é a sua concentração nas mãos de cerca de dez famílias, que dominam e monopolizam as informações para milhões de brasileiros.
Este poder “paralelo” se contrapõe às próprias instâncias democráticas constituídas no País. A sociedade civil organizada deve ter isso em vista, caso queira avançar na luta em defesa dos direitos sociais e da classe trabalhadora. Não devemos confundir “liberdade de imprensa” com “liberdade dos monopólios”.
Como anunciado na ocasião por esta coluna, ocorreu, entre 14 e 17 de dezembro de 2009, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), em Brasília, por iniciativa do Governo Federal, envolvendo representantes da sociedade civil, setor empresarial e poder público.
Agora, é preciso concentrar esforços para que propostas aprovadas se tornarem ações concretas no combate à ditadura da mídia ainda em vigor.
O direito à comunicação, tanto quanto o direito à educação, é fundamental para a luta por um projeto democrático de desenvolvimento social para o Brasil.

Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão - Rio das Ostras

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