Na sociedade capitalista, onde o lucro impera acima de todos os valores, o padrão machista de cultura associa erotismo e mercadoria. A isca é a imagem estereotipada da mulher.
Sua autoestima é deslocada para o sentir-se desejada; seu corpo é modelado segundo padrões consumistas de beleza; seus atributos físicos se tornam onipresentes.
Onde há oferta de produtos – TV, Internet, outdoor, revista, jornal, folheto, cartaz afixado em veículos – o que se vê é uma profusão de seios, nádegas, lábios, coxas, etc.
A mulher é castrada em sua inteligência, em seus talentos e valores subjetivos e, agora, dilacerada pelas conveniências do mercado. É sutilmente esfolada na ânsia de atingir a perfeição.
Para evitar ser execrada, deve controlar o peso à custa de sacrifícios, mudar o vestuário frequentemente, submeter-se à cirurgia plástica por mera questão de vaidade.
Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão.
E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina. Melhor fomentar a mulher-objeto (de consumo).
Se o atrativo é o que se vê, por que o espanto ao saber que a média atual de durabilidade conjugal no Brasil é de sete anos?
Como exigir que homens se interessem por mulheres que carecem de atributos físicos ou quando estes são vencidos pela idade?
Pena que ainda não inventaram botox para a alma. E nem cirurgia plástica para a subjetividade do ser humano.
Frei Betto.
CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
Telefone: (22) 2760-6238 / (22) 9834-7409
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Blog: http://cepro-rj.blogspot.com
Sua autoestima é deslocada para o sentir-se desejada; seu corpo é modelado segundo padrões consumistas de beleza; seus atributos físicos se tornam onipresentes.
Onde há oferta de produtos – TV, Internet, outdoor, revista, jornal, folheto, cartaz afixado em veículos – o que se vê é uma profusão de seios, nádegas, lábios, coxas, etc.
A mulher é castrada em sua inteligência, em seus talentos e valores subjetivos e, agora, dilacerada pelas conveniências do mercado. É sutilmente esfolada na ânsia de atingir a perfeição.
Para evitar ser execrada, deve controlar o peso à custa de sacrifícios, mudar o vestuário frequentemente, submeter-se à cirurgia plástica por mera questão de vaidade.
Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão.
E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina. Melhor fomentar a mulher-objeto (de consumo).
Se o atrativo é o que se vê, por que o espanto ao saber que a média atual de durabilidade conjugal no Brasil é de sete anos?
Como exigir que homens se interessem por mulheres que carecem de atributos físicos ou quando estes são vencidos pela idade?
Pena que ainda não inventaram botox para a alma. E nem cirurgia plástica para a subjetividade do ser humano.
Frei Betto.
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Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
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CEPRO – Um projeto de cidadania, educação e cultura em Rio das Ostras