Temos aqui, sem dúvida, uma grande questão para o “mercado do poder”. Este tem sido hábil gerenciador, desde remotos tempos, dos ganhos dos senhores abastados para garantir e ampliar suas rendas, suas terras e seus lucros.
Quando este poder se vê acuado diante de eventual resistência, celeremente, vira a mesa e faz o jogo voltar as regras de sempre: “Le loi, c’est moi”.
Daí pulularem, aqui e ali, golpes de estado ou simulacros similares. Neste terreno, o povo brasileiro já está escaldado: 1964, nunca mais!
Hoje, o sacrossanto templo do mercado mantém a ortodoxia neoliberal para ser reverenciada. Fora desta crença, dizem seus seguidores, não haveria salvação.
O chamado Consenso de Washington veio dar origem à era neoliberal – o novo jeito do capitalismo se manter. Para o Estado “moderno”, o mote é privatizar e privatizar.
Como sabemos, o neoliberalismo não propõe inclusão para todos. Pelo contrário, trata-se de concentrar ainda mais a renda dos que já tem e manter os deserdados à distância. Distribuir, só migalhas.
Como tenho reafirmado, me recuso a aceitar que “sempre foi assim e assim sempre será”. Só diz isso quem não tem necessidade, pois ninguém escolhe ser pobre. Esta condição vem de leis e estruturas, eticamente, injustas.
Outra “mágica”, neste mundo de virtualidades reais, é que tudo vira mercadoria: desde os bens materiais e simbólicos aos serviços essenciais, como saúde e educação. E tudo isso acontece no, erroneamente, denominado “mercado livre”.
Estes tempos modernos de colonização globalizada, entidades superpoderosas se sobrepõem aos próprios estados nacionais. São as empresas transnacionais e os organismos multilaterais, que imperam, e são responsáveis pela “globocolonização”.
Neste aparente “mar de rosas”, pois a atual crise internacional mostrou o contrário, desfaz-se a promessa de felicidade a partir da miragem mercadológica dos shopping-centers – esses verdadeiros templos do consumismo.
E nem o Estado escapa, reduzindo-se a mero gerenciador, principalmente, dos interesses dos setores dominantes. Até os valores éticos e étnicos são corroídos, profundamente, quando a cultura do valor se sobrepõe ao valor da cultura.
Esta “onda” fez subverter concepções e direitos: a tudo inspirou, principalmente, instalando o reino da violência e sua fiel parceira, a impunidade. Por todo lado, vêem-se práticas e ações hediondas contra a mulher, a criança, o idoso, o indígena e outros da categoria dos excluídos.
O que me angustia, e penso que a muitos, é ver crianças abandonadas sem direito a uma infância feliz, meninas e meninos condenados à prostituição, mães terem seus filhos perdidos e mortos em meio ao crime; pais desempregados sem poder sustentar a si e a sua família etc.
Portanto, é isso que temos que mudar. E assim retorno a pergunta inicial: Quanto vale o nosso voto?
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão - Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br
CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Um projeto de cidadania, educação e cultura em Rio das Ostras.
Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
Telefone: (22) 2760-6238 / (22) 9834-7409
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Twitter: http://twitter.com/CEPRO_RJ
Blog: http://cepro-rj.blogspot.com/
Quando este poder se vê acuado diante de eventual resistência, celeremente, vira a mesa e faz o jogo voltar as regras de sempre: “Le loi, c’est moi”.
Daí pulularem, aqui e ali, golpes de estado ou simulacros similares. Neste terreno, o povo brasileiro já está escaldado: 1964, nunca mais!
Hoje, o sacrossanto templo do mercado mantém a ortodoxia neoliberal para ser reverenciada. Fora desta crença, dizem seus seguidores, não haveria salvação.
O chamado Consenso de Washington veio dar origem à era neoliberal – o novo jeito do capitalismo se manter. Para o Estado “moderno”, o mote é privatizar e privatizar.
Como sabemos, o neoliberalismo não propõe inclusão para todos. Pelo contrário, trata-se de concentrar ainda mais a renda dos que já tem e manter os deserdados à distância. Distribuir, só migalhas.
Como tenho reafirmado, me recuso a aceitar que “sempre foi assim e assim sempre será”. Só diz isso quem não tem necessidade, pois ninguém escolhe ser pobre. Esta condição vem de leis e estruturas, eticamente, injustas.
Outra “mágica”, neste mundo de virtualidades reais, é que tudo vira mercadoria: desde os bens materiais e simbólicos aos serviços essenciais, como saúde e educação. E tudo isso acontece no, erroneamente, denominado “mercado livre”.
Estes tempos modernos de colonização globalizada, entidades superpoderosas se sobrepõem aos próprios estados nacionais. São as empresas transnacionais e os organismos multilaterais, que imperam, e são responsáveis pela “globocolonização”.
Neste aparente “mar de rosas”, pois a atual crise internacional mostrou o contrário, desfaz-se a promessa de felicidade a partir da miragem mercadológica dos shopping-centers – esses verdadeiros templos do consumismo.
E nem o Estado escapa, reduzindo-se a mero gerenciador, principalmente, dos interesses dos setores dominantes. Até os valores éticos e étnicos são corroídos, profundamente, quando a cultura do valor se sobrepõe ao valor da cultura.
Esta “onda” fez subverter concepções e direitos: a tudo inspirou, principalmente, instalando o reino da violência e sua fiel parceira, a impunidade. Por todo lado, vêem-se práticas e ações hediondas contra a mulher, a criança, o idoso, o indígena e outros da categoria dos excluídos.
O que me angustia, e penso que a muitos, é ver crianças abandonadas sem direito a uma infância feliz, meninas e meninos condenados à prostituição, mães terem seus filhos perdidos e mortos em meio ao crime; pais desempregados sem poder sustentar a si e a sua família etc.
Portanto, é isso que temos que mudar. E assim retorno a pergunta inicial: Quanto vale o nosso voto?
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão - Rio das Ostras
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