quarta-feira, 8 de março de 2023

8 de março – Mulheres celebram seu dia com luta por direitos e pela vida

 

 8 de março - Mulheres celebram seu dia com luta por direitos e pela vida -  FENAJ

 Neste dia 08 de março,  as mulheres de mais de 100 países celebrarão mais um Dia Internacional da Mulher, e a exemplo do que aconteceu há muitas décadas, quando a data foi originada, novamente será um dia de muitos protestos.

E no Brasil as mulheres voltam a reforçar sua luta contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas, a alta taxa de desemprego e os cortes nos investimentos na saúde, educação, transporte, segurança e creches. Esses cortes afetam toda a sociedade, mas têm mais impacto na vida da mulher, que tem que dar conta da vida familiar e da renda em meio a uma sociedade machista.

O desemprego que hoje atinge 11,6 milhões de pessoas é ainda pior para as mulheres, que são 53% desse total, e isso as leva cada vez mais para a precarização, segundo o Dieese.

Além das desigualdades de gênero (como a salarial), as mulheres ainda enfrentam todo dia a violência crescente.


Pelo fim do feminicídio

Segundo a plataforma Evidências sobre Violências e Alternativas para mulheres e meninas (EVA), do Instituto Igarapé, no Brasil, 1,23 milhão de mulheres reportaram ser vítimas de violência entre 2010 e 2017.

No mesmo período, mais de 177 mil mulheres e meninas foram vítimas de violência sexual e 38 mil mulheres foram assassinadas.

A data

data que surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou um Dia da Mulher, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York, em manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. No ano seguinte, durante as Conferências de Mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague, foi sugerido que o Dia da Mulher passasse a ser celebrado todos os anos, sem que, no entanto, fosse definida uma data específica. A partir de 1913, as mulheres russas passaram a celebrar a data com manifestações realizadas no último domingo de fevereiro. Em 8 de março de 1917, ainda na Rússia Imperial, organizou-se uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país. Operários metalúrgicos acabaram se juntando à manifestação, que se estendeu por dias e acabou por precipitar a Revolução de 1917. Nos anos seguintes, o Dia da Mulher passou a ser comemorado naquela mesma data, pelo movimento socialista, na Rússia e em países do bloco soviético.

Em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países.

 

terça-feira, 7 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher: mulheres marcham durante passeata dos cem mil em protesto contra a ditadura militar em 1968

 

 1968: Mulheres que lutaram contra a ditadura e contra o machismo - Jornal O  Globo

A transição e evolução do movimento que, ao longo dos anos, deu cada vez mais voz às mulheres

Já é de anos a história compartilhada e contada pelo mundo sobre a luta das mulheres pela igualdade de direitos, ou seja, a luta feminista, que se deu há mais de 100 anos, e teve sinceros marcos que precisam e devem ser destacados, pontuando, é claro, aqueles que trouxeram mais que resultados, mas a certeza de que as vozes que falam em nome do movimento, com o passar dos anos, fortificou-se não só socialmente, mas historicamente também. O final da década de 1960 foi responsável por gerar a segunda onda feminista, que agitou o questionamento de mulheres por todo o mundo, principalmente na França. Com o passar do tempo, através de diversos acontecimentos marcantes, o feminismo tornou-se palavra de imposição e poder. A partir daí a luta ganhou mais motivos para continuar e ser propagada.

 O desenrolar desse grande movimento traz muito para ser dito. Com todas as dificuldades já enfrentadas pelas mulheres, foi possível ser percebido por elas a falta do igual, daquilo que as faziam tão presentes e escutadas quanto os homens eram. A primeira onda feminista se deu pela busca por poder político no final do século XIX e início do século XX, como, por exemplo, no direito ao voto. Naquele momento, a revolução só começava, e cada detalhe desse processo de libertação e desconstrução de sociedade desigual foi relevante, trazendo, com toda potência, o motivo pelo qual milhões de mulheres se uniram. Após a primeira onda, o debate se estendeu grandemente entre 1960 e 1980.

O objetivo desse grande movimento em 1968 foi direcionado especialmente às mulheres francesas, que trouxeram questões de necessária discussão. A professora e doutora em Geo-história da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Amanda Danielli indica que os objetivos dessa lutas passaram a incluir outras propostas, como a defesa da contracepção, o fim da proibição do aborto e o entendimento de que era necessário mudar a legislação sobre o estupro. “Há uma noção corrente de que 68 equivaleria a uma segunda onda do movimento feminista, associado à contracultura, à organização da esquerda a partir das universidades e à luta pelo direito ao aborto, especialmente na França”, conta Amanda.

Tais tópicos parecem ser bastante atuais, mas é apenas a compreensão de que a luta nunca finalizou e o feminismo sempre estará presente. Donas de casa e trabalhadoras foram às ruas pelo fim da opressão, misoginia e autoritarismo dominante por parte de seus patrões, pais, e até companheiros. A juventude não seu calou. Se em 1968, na França, houve a certeza de que valia a pena todo o esforço para continuar batalhando, atualmente os motivos só estenderam, ainda que em alguns países tenham havido mudanças.

mulheres de maos dadas
Em 1 de maio de 1968, jovens mulheres caminham protestando pelas ruas de Paris

 

O ano de 1968 foi marcante também pela conhecida “Queima dos Sutiãs”, um protesto público em Atlantic City que reuniu cerca de 400 mulheres que repudiaram o concurso de beleza Miss America num ato de empilhar saltos, maquiagens, roupas e acessórios que, por pouco, não se transformaram em uma grande fogueira, pois o local não era público. Tudo girava em torno da busca pelo encerramento da exploração comercial feminina na mídia. A historiadora e pesquisadora Larissa Ribeiro ressalta que a participação das mulheres nesse contexto diz muito sobre o feminismo articulado naquele momento. “O posicionamento tomado auxiliou na emersão do papel da mulher na luta política”, conta Larissa.

mulher com sutia
Americana segura seu sutiã para protestar em Atlantic City em 1968

O ontem que refletiu no hoje  

Apesar de 68 não ter sido o boom do movimento, a criação que se fez precisa do Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher e a lei do Estatuto da Mulher Casada, que aconteceram pouco antes, no início da década, só contribuíram para outros avanços notados até os dias atuais, como o I Congresso Nacional das Trabalhadoras Domésticas (21 de Maio, 1968) e também, futuramente, incontáveis pequenas e grandes vitórias para as mulhere. É possível reconhecer as datas marcantes para o movimento na nesta linha do tempo (link http://feminismo.org.br/historia/), que traz cada detalhe, cada um com sua importância. E a luta permanece.

mulher com cartaz
Mulher segura cartaz que diz, em francês, “meu corpo é meu”

LEGENDA3: Mulher segura cartaz que diz, em francês, “meu corpo é meu”

O que um dia foi realidade, hoje tornou-se história que o mundo precisa absorver. Se na França o grito e o manifesto de cada uma delas significou algo, foi certeza de que ecoaria por todos os cantos e traria a união por um propósito mais que digno de atenção. Para as pesquisadoras Amanda e Larissa, uma revolução, porém, que ainda precisa ser conversada e evoluída. “Infelizmente, a questão como um tema, um problema menor porque o universo acadêmico ainda é um espaço primordialmente masculino, que em larga escala reproduz a lógica patriarcal”, divide Amanda. Para Larissa, as crianças deveriam aprender desde cedo o contexto em que vivem. “O tema não chega para todos, isso é um fato. Porque não é interessante, politicamente falando, que as pessoas pensem, questionem, problematizem”, afirma a historiadora.

Enquanto houver desigualdade, o feminismo existirá, e a história continuará sendo vivenciada e escrita na memória de todas aquelas que se envolveram ou ainda irão participar, mesmo que brevemente, da luta pelo bem mais precioso: a liberdade de ser a melhor versão de mulher possível. Seja através da segunda onda, em 68, ou de todas as próximas que estão por vir, é garantida a força e as vozes que se transformam em uma só, espalhando batalha, persistência e, acima de tudo, o espaço merecido no social, intelectual e em tudo aquilo que é feminino.


 Nathália Martins 

Reportagem realizada para a disciplina de Oficina Multimídia


8 de março: o símbolo da luta das mulheres por seus direitos

 Nova Lima celebra 8/3 com palestra e projeto de lei voltado para mulheres  em situação de violência doméstica - Prefeitura de Nova Lima

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Dia Internacional da Mulher, concebido em 1910, foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1977. Mesmo com a origem e a celebração dos direitos femininos em um determinado dia terem tradição norte-americana, existem muitas datas simbólicas com o mesmo objetivo.

A primeira tentativa parece remontar a 1909 por meio do extinto Partido Socialista dos Estados Unidos, que celebrou um Dia Nacional da Mulher no dia 28 de fevereiro daquele ano.

Um ano depois, durante a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, surgiu a ideia de um dia internacional para festejar o sexo feminino.

A alemã Clara Zetkin propôs, nessa conferência 1910, a criação do Dia Internacional das Mulheres sem fixar data, em meio às crescentes denúncias de discriminação trabalhista e eleitoral sofridas pelas mulheres nos países industrializados.

O dia foi comemorado pela primeira vez em 19 de março de 1911 na Áustria, na Dinamarca, na Alemanha e na Suíça. Nessa ocasião, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa.

Manifestação de operárias

Deixado de lado pela divisão do movimento operário e da Primeira Guerra Mundial, ressurgiu na Rússia, em 8 de março (23 de fevereiro, pelo calendário russo), por ocasião de uma manifestação de operárias em São Petersburgo, em 1917, para reclamar pão e a volta dos homens da frente de batalha.

Em 1921, Lênin, o fundador da União Soviética, escolheu essa data em homenagem às operárias e iniciava uma tradição nos países comunistas. Na China de hoje, as trabalhadoras se beneficiam de meia jornada de folga.

Nos anos 1970, o movimento feminista se apropriou desta data para fortalecer suas reivindicações pela igualdade de direitos políticos e sociais.

E, em 1977, a ONU decretou o 8 de março Dia Internacional dos Direitos das Mulheres e pela Paz.

Desde então, a data se reveste de importância simbólica em todas as partes do mundo onde as mulheres ainda devem lutar por seus direitos fundamentais reconhecidos ou acabar com a violência e as persistentes desigualdades de que são vítimas. 

G1

Brasil vai reivindicar retorno ao Conselho de Direitos Humanos na ONU

 Direto de Genebra, ministro anunciou ampla investigação sobre casos análogos a trabalho escravo no país

O ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, irá defender nesta segunda-feira, durante encontro da ONU que, com a mudança de governo, o Brasil volte a ter uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU. O país vai se candidatar para reconquistar mandato de membro em 2024.

Na bagagem, o ministro leva o discurso de que o país está de volta para resgatar as pautas humanitárias com importância internacional, como a discussão sobre diversidade sexual e também sobre casos análogos ao trabalho escravo.

Almeida está em Genebra e irá discursar hoje, às 11h, durante a 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.

O ministro irá pregar que o Brasil vai recuperar o que a atual gestão chama de retrocessos do governo anterior. A avaliação é que o país sempre teve protagonismo no tema mas que se apagou nos últimos anos.

Trabalho escravo

Em vídeo publicado nas redes sociais da pasta, o ministro anunciou neste domingo medidas de assistência ao grupo de 200 trabalhadores resgatados em situação precária na colheita de uva, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Caso que se tornou público na quinta-feira passada no Brasil.

“Certamente não se trata de um caso isolado sabido como se dão as relações de trabalho em nosso país”, afirmou o ministro

 

#TBT RODA DE CONVERSA SOBRE OS DIREITOS DA MULHER - “Todo dia é dia de luta pelos direitos das mulheres"

  #TBT “Todo dia é dia de luta pelos direitos das mulheres" Nesta semana comemorativa dos 15 anos do Cepro - Centro Cultural de Educaçã...