segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Estamos preparados para o pré-sal e o gás de xisto?


Anuncia-se que em novembro vão a leilão áreas brasileiras onde se pretende explorar o gás de xisto, da mesma forma que estão sendo leiloadas áreas do pré-sal para exploração de petróleo no mar. Deveríamos ser prudentes nas duas direções. No pré-sal, não se conhecem suficientemente possíveis consequências de exploração em áreas profundas. No caso do xisto, em vários países já há proibições de exploração ou restrições, por causa das consequências, na sua volta à superfície, da água e de insumos químicos injetados no solo para “fraturar” as camadas de rocha onde se encontra o gás a ser liberado. Mas as razões financeiras, em ambos os casos, são muito fortes e estão prevalecendo em vários lugares, principalmente nos Estados Unidos.

No Brasil, onde a tecnologia para o fraturamento de rochas ainda vai começar a ser utilizada, há um questionamento forte da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências, que, em carta à presidente da República (5/8), manifestaram sua preocupação com esse leilão para campos de gás em bacias sedimentares. Nestas, diz a carta, agências dos EUA divulgaram que o Brasil teria reservas de 7,35 trilhões de metros cúbicos em bacias no Paraná, no Parnaíba, no Solimões, no Amazonas, no Recôncavo Baiano e no São Francisco. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que as reservas podem ser o dobro disso. Mas, segundo a SBPC e a ANP, falta “conhecimento das características petrográficas, estruturais e geomecânicas” consideradas nesses cálculos, que poderão influir “decisivamente na economicidade de sua exploração”.

E ainda seria preciso considerar os altos volumes de água no processo de fratura de rochas para liberar gás, “que retornam à superfície poluídos por hidrocarbonetos e por outros compostos”, além de metais presentes nas rochas e “dos próprios aditivos químicos utilizados, que exigem caríssimas técnicas de purificação e de descarte dos resíduos finais”. A água utilizada precisaria ser confrontada “com outros usos considerados preferenciais”, como o abastecimento humano. E lembrar ainda que parte das reservas está “logo abaixo do Aquífero Guarani”; a exploração deveria “ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de contaminação das águas deste aquífero”.

Diante disso, não deveria haver licitações imediatas, “excluindo a comunidade científica e os próprios órgãos reguladores do país da possibilidade de acesso e discussão das informações”, que “poderão ser obtidas por meio de estudos realizados diretamente pelas universidades e institutos de pesquisa”. Além do maior conhecimento científico das jazidas, os estudos poderão mostrar “consequências ambientais dessa atividade, que poderão superar amplamente seus eventuais ganhos sociais”. É uma argumentação forte, que, em reunião da SBPC no Recife (22 a 27/7), levou a um pedido de que seja sustada a licitação de novembro.

Em muitos outros lugares a polêmica está acesa – como comenta o professor Luiz Fernando Scheibe, da USP, doutor em Mineração e Petrologia (12/9). Como na Grã-Bretanha, onde se argumenta que a tecnologia de fratura, entre muitos outros problemas, pode contribuir até para terremotos. A liberação de metano no processo também pode ser altamente problemática, já que tem efeitos danosos equivalentes a mais de 20 vezes os do dióxido de carbono, embora permaneça menos tempo na atmosfera. E com isso anularia as vantagens do gás de xisto para substituir o uso de carvão mineral. O próprio Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) tem argumentado que o gás de xisto pode, na verdade, aumentar as emissões de poluentes que contribuem para mudanças do clima.

Na França os protestos têm sido muitos (Le Monde, 16/7) e levado o país a restrições fortes, assim como na Bulgária. Alguns Estados norte-americanos proibiram a tecnologia em seus territórios, mas o governo dos EUA a tem aprovado, principalmente porque o gás de xisto não só é mais barato que o carvão, como reduziu substancialmente as importações de combustíveis fósseis do país, até lhe permitindo exportar carvão excedente. E a Agência Internacional de Energia está prevendo que até 2035 haverá exploração do gás de xisto em mais de 1 milhão de pontos no mundo. Nos EUA, este ano, a produção de gás de xisto estará em cerca de 250 bilhões de metros cúbicos – facilitada pela decisão governamental de liberar a Agência de Proteção Ambiental de examinar possíveis riscos no processo e pela existência de extensa rede de gasodutos (o Brasil só os tem na região leste; gás consumido aqui vem da Bolívia).

Também a China seria potencial usuária do gás, pois 70% de sua energia vem de 3 bilhões de toneladas anuais de carvão (quase 50% do consumo no mundo).Embora tenha 30 trilhões de metros cúbicos de gás de xisto – mais que os EUA -, o problema é que as jazidas se situam em região de montanhas, muito distante dos centros de consumo – o que implicaria um aumento de 50% no custo para o usuário, comparado com o carvão. Por isso mesmo, a China deverá aumentar o consumo do carvão nas próximas décadas (Michael Brooks na New Scientist, 10/8).

E assim vamos, em mais uma questão que sintetiza o dilema algumas vezes já comentado neste espaço: lógica financeira versus lógica “ambiental”, da sobrevivência. Com governos, empresas, pessoas diante da opção de renunciar a certas tecnologias e ao uso de certos bens – por causa dos problemas de poluição, clima, consumo insustentável de recursos, etc. -, ou usá-los por causa das vantagens financeiras imediatas, que podem ser muito fortes.

Cada vez mais, será esse o centro das discussões mais fortes em toda parte, inclusive no Brasil – com repercussões amplas nos campos político e social. Preparemo-nos.

 Washington Novaes é jornalista.


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Jovens de comunidades cariocas fazem capacitação em audiovisual no Festival do Rio


da Agência Brasil
 
Pela primeira vez, o RioMarket, a área de negócios do Festival do Rio, incluiu uma programação para capacitar jovens de comunidades da capital fluminense em diversas atividades do mercado de audiovisual. Eles vão receber informações sobre direção, produção, técnicas de som, figurino, fotografia, roteiro, entre outras funções.

Segundo a coordenadora do RioMarket Jovem, Fernanda Ferrari, os 30 jovens de 15 a 22 anos de idade, que participam do projeto, foram selecionados pelo Museu de Arte do Rio (MAR) depois de projetos desenvolvidos por organizações não governamentais; pela Administração Regional da Zona Portuária, onde fica o Armazém da Utopia, sede do festival; em colégios e no site do RioMarket.

“A nossa intenção é continuar com o projeto durante o ano, com cursos e palestras, e colocar os jovens no mercado audiovisual. Esse projeto está dando partida no festival, começando com o apoio do MAR. E estamos buscando patrocinadores para continuar”, disse à Agência Brasil.

Parte da programação será no MAR, onde os jovens terão workshops. No Armazém da Utopia, eles participarão de seminários, workshops e do Cine Encontro, que são sessões com exibições de filmes da mostra Première Brasil seguidas de debates com a presença de diretores atores e produtores. “Eles vão poder fazer perguntas para esclarecer as dúvidas. É uma parte bem legal do nosso projeto, em que eles podem assistir ao filme e trocar ideias com os diretores”, disse.

David Silva Caripunas, de 21 anos, é um dos jovens que participam do projeto. Ele chegou ao Rio há duas semanas vindo do Maranhão. David disse que a vontade de fazer cinema o motivou a tentar uma inscrição. Enquanto fazia ciências sociais na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) trabalhou como assistente de edição no grupo de um professor.

O maranhense teve dificuldade para se inscrever no projeto. Ele tentou preencher o formulário no site do RioMarket, mas não conseguiu. Então resolveu ir ao Armazém da Utopia, onde encontrou a coordenadora do projeto. “Fui à sede no último dia. Eu disse, tenho que fazer alguma coisa. Dei sorte de encontrar a Fernanda. Ela me disse que se eu tivesse chegado dez minutos depois já teria enviado a lista, e eu só teria outra chance no ano que vem”, declarou à Agência Brasil.

David, que está morando com o pai na comunidade da Vila do João, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, pretende fazer curso de cinema na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, região metropolitana do Rio. O jovem está feliz com a participação no projeto. “Estou muito otimista porque é a minha primeira chance, desde que cheguei aqui, de fazer o que me propus no Rio de Janeiro. Estou esperançoso. Sei que é um começo e não vai me garantir nada, mas tenho que começar de alguma forma. E lá é onde vou começar e estreitar a minha relação com o cinema”, disse.

O maranhense acredita que o projeto vai ser importante para o seu futuro profissional. “Tenho esta esperança sim, e foi esta esperança que me moveu até aqui. Espero fazer contato. Sei que não vai ser nada de imediato, mas é o que o Roberto Da Matta [antropólogo] falou uma vez: o Rio de Janeiro é uma província e sendo uma província a gente tem que juntar os contatos. De alguma forma espero conseguir uns contatos certos para me inserir neste mundo”, concluiu.


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Ação imediata para salvar o clima

Em foto de 2008, Greenpeace da Nova Zelândia infla balão gigante nas proximidades de Auckland para alertar sobre os perigos das mudanças climáticas. Foto: Greenpeace

Painel da ONU eleva o alerta sobre a iminência de uma crise climática e mostra urgência de medidas globais para se reduzir as emissões de gases estufa.

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) divulgou hoje o Sumário para Formuladores de Políticas, a primeira seção que compõe o Quinto Relatório de Avaliação. O tom da publicação aumenta o alerta em relação ao relatório passado, publicado em 2007, afirmando que as mudanças climáticas são inequívocas e que os impactos das emissões de CO2 se agravaram. Por outro lado, evidencia que ainda há tempo de prevenir as piores consequências do aquecimento global com medidas urgentes.

“A única resposta lógica é a ação imediata. Infelizmente, aqueles que estão agindo estão neste momento presos na Rússia, enquanto os responsáveis pelas mudanças climáticas são protegidos por governos de todo o mundo”, disse Stephanie Tunmore, do Greenpeace Internacional.

Ela se refere aos 28 ativistas do Greenpeace Internacional, além do fotógrafo e do cinegrafista free-lancer, que permanecem em prisão provisória na Rússia desde a semana passada, após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.

O documento apresenta projeções para o futuro com maior grau de segurança, afirmando ser 95% provável que o aquecimento observado desde meados do século 20 seja resultado da influência humana sobre o clima.

Os sinais de aceleração dos impactos climáticos são perturbadores. Na última década – entre 2002 e 2011 – a camada de gelo da Groenlândia derreteu, em média, seis vezes mais rápido do que na década anterior. Na Antártida, o derretimento foi cinco vezes mais rápido e o gelo do mar Ártico diminuiu significativamente mais rápido do que o previsto. Desde 1993, os níveis do mar subiram duas vezes mais rápido que no século passado.

O IPCC define diferentes cenários possíveis para as emissões globais de carbono e prevê seus impactos relacionados. Para que a temperatura média da superfície terrestres não exceda os 2oC em relação à temperatura da era pré-industrial – limite considerado perigoso pelos cientistas – serão necessários cortes drásticos nas emissões de gases estufa, atingindo um pico em dez anos e chegando a zero em 2070.

“Diante desse cenário, vemos um descompasso entre o que o Brasil precisa fazer para reduzir suas emissões e o que, de fato, está fazendo. Apesar de todas as evidências, insiste em investir altos recursos na exploração de combustíveis fósseis”, afirmou Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas do Greenpeace Brasil. “O Brasil terá o primeiro leilão para o pré-sal em menos de um mês, evidenciando sua escolha por uma atividade arriscada, insegura e suja, que pode colocar o país entre os maiores emissores do mundo.”
A solução para o Brasil é uma resposta única – eficiência energética e energias renováveis – que pode resolver mais de um problema. Se investisse em energia limpa, o país poderia reduzir em 60% suas emissões até 2050, um corte de 777 milhões de toneladas por ano para 312 milhões de toneladas. A economia do país também seria beneficiada com tal incentivo: a construção de menos termelétricas e a maior participação de renováveis pouparia R$ 1,11 trilhão até 2050.

“Ainda temos escolha e esse é o momento de decidir. O Brasil pode ajudar a manter o aquecimento global dentro do limite de 2oC, mas para isso os governos, empresas e investidores precisam agir e deixar os combustíveis fósseis no passado de uma vez por todas para garantir o futuro”, acrescentou Leitão.

Fonte: Greenpeace.


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A pobreza diminui, mas a desigualdade aumenta


Enquanto governantes de 193 países avaliavam em Nova York os êxitos e fracassos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), a Organização das Nações Unidas (ONU) deu uma boa notícia: a pobreza extrema diminuiu em todo o planeta para menos da metade. A proporção de pessoas que sobrevivem com menos de US$ 1,25 por dia caiu de 47%, em 1990, para 22%, em 2010, cinco anos antes do prazo para alcançar os ODM, segundo dados divulgados no dia 25 pela ONU.

Isto significa que cerca de 700 milhões de pessoas saíram da indigência. Grande parte desta redução ocorreu em países como Brasil, China e Índia, que têm grandes populações. Porém, ainda há 1,2 bilhão de pessoas vivendo na indigência nas nações mais pobres da África, Ásia, América Latina e Caribe. Uma das consequências imprevistas do alívio da pobreza foi o surgimento de uma nova classe média e de novas cobranças sociais, acompanhados de maciços protestos no Brasil, China, Egito, Índia, Tunísia e Turquia.

No entanto, esse avanço poderia ser detido logo pelos amplos efeitos da crise financeira mundial, com o colapso das moedas e a queda das exportações, alertaram especialistas. Martin Khor, diretor-executivo do South Centre, com sede em Genebra, acredita que a “erradicação da pobreza coincidiu com fatores globais excepcionais na primeira década deste século”. O auge do crédito nos países do Norte industrializado estimulou o comércio e o crescimento econômico nas nações do Sul, ao fortalecer as exportações de matérias-primas, explicou.

Os países em desenvolvimento também se recuperaram da crise financeira de 2008 e 2009, graças às políticas das nações ricas. “Mas as economias do Norte agora estão em problemas, já que adotaram medidas de austeridade, e a política monetária expansiva dos Estados Unidos deverá diminuir cedo ou tarde”, apontou Khor, ex-diretor da Rede do Terceiro Mundo, com sede em Penang, na Malásia. Os países em desenvolvimento agora são mais vulneráveis à queda das exportações e dos preços das matérias-primas, ressaltou à IPS.

Segundo Khor, nos próximos anos a desaceleração econômica e a possível recessão em alguns países, bem como a queda dos preços das matérias-primas, terão impacto nos empregos e na renda, novamente gerando pobreza. “Já está ocorrendo na Grécia, e pode acontecer em alguns países em desenvolvimento”, advertiu. Por sua vez, Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam International, disse à IPS que os ODM foram um importante motor para o desenvolvimento nos últimos 13 anos. “Tantas pessoas terem saído da pobreza em um período tão curto deve ser comemorado”, afirmou. Contudo, 1,2 bilhão de pessoas ainda sobrevivem com menos de US$ 1,25 por dia.

Byanyima apontou que os progressos são lentos ou inexistentes onde há conflitos prolongados ou onde o crescimento econômico não reduziu as desigualdades. “A pobreza mundial está caindo, mas em um país após outro a desigualdade está crescendo”, alertou. Milhares de milhões de pessoas ficam marginalizadas do crescimento econômico, afirmou. Há maior consenso quanto aos altos graus de desigualdade não serem moralmente objetáveis, mas que também afetam a estabilidade social e o próprio crescimento.

“Estes desafios devem ser enfrentados”, enfatizou Byanyima. Sem esforços concentrados para reduzir as brechas entre ricos e pobres, os próximos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), atualmente em discussão na ONU, serão inalcançáveis. “A grande omissão nos ODM foi não se focar em reduzir a desigualdade. Sem isto, a próxima série de metas para o desenvolvimento quase seguramente fracassará”, alertou, lembrando que é preciso uma meta individual de redução da desigualdade.

Sameer Dossani, coordenador da campanha Reconfigurando o Poder Mundial, na organização ActionAid, disse à IPS que, antes de tudo, a ONU deve adotar uma forma mais ampla de definir a pobreza, e não só considerar quantos dólares diários são necessários para sobreviver. “As raízes da crise global são as incríveis concentrações de riqueza e o fato de esse dinheiro não chegar” aos que mais precisam, afirmou.

 Uma das formas de abordar as desigualdades globais é a reforma do sistema fiscal internacional, ressaltou.

“Neste momento são perdidos pelo menos US$ 300 bilhões em arrecadação de impostos, que poderiam ser destinados ao desenvolvimento, pela combinação de incentivos fiscais e evasão de impostos por parte de corporações”, argumentou Dossani. No plano nacional, prosseguiu, os países devem se afastar das políticas de liberalização promovidas pelo Fundo Monetário Internacional e por outras instituições. No âmbito mundial, os governantes devem reformar os sistemas monetários para reduzir a dependência do dólar e assim garantir a estabilidade do sistema financeiro internacional, ressaltou.

O debate até agora evitou esses assuntos, que são fundamentais. Para que haja um genuíno contexto para o desenvolvimento, é preciso colocar no topo da agenda a reforma dos sistemas fiscais e monetários internacionais, opinou Dossani, lembrando que “esses temas não podem ser varridos para debaixo do tapete”. A declaração divulgada no dia 25 pelos governantes reunidos em Nova York diz que “Renovamos nosso compromisso com as metas e resolvemos intensificar todos os esforços para seu êxito em 2015”.

Essas metas incluem a erradicação da pobreza extrema e da fome, a universalização da educação primária, promoção da igualdade de gênero, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna, eliminação do HIV/aids, da malária e outras doenças, e a proteção do meio ambiente. Os chefes de Estado e de governo reunidos na sede da ONU para o 68º Período de Sessões da Assembleia Geral, se manifestaram preocupados pelos imensos desafios que ainda há pela frente.

“Decidimos que a agenda de desenvolvimento pós-2015 reforce o compromisso da comunidade internacional com a erradicação da pobreza e com o desenvolvimento sustentável”, diz o documento. Os governantes também decidiram iniciar um processo de negociações no começo do 69º Período de Sessões da Assembleia Geral, em setembro de 2014, “que leve à adoção da agenda pós-2015”. 

Fonte: Envolverde/IPS




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