terça-feira, 29 de abril de 2014

Documentário mostra iniciativa de mapeamento virtual de comunidades


Com exceção de algumas vias que cortam as comunidades, as favelas do Rio de Janeiro não estão representadas - com ruas, becos e vielas - nos mapas oficiais da cidade e tampouco nos mapas digitais do Google. Até mesmo comunidades já consideradas bairros pela prefeitura do Rio, como Rocinha, Maré e Santa Marta, enfrentam em seu cotidiano essa carência de informação.

As questões práticas e simbólicas que resultam da falta de uma cartografia em áreas que abrigam 22% da população carioca, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são o tema do documentário Todo Mapa Tem um Discurso, lançado hoje (29), no Planetário da Gávea, zona sul do Rio.Com roteiro, montagem e direção de Francine Albernaz e Thais Inácio, o filme é uma realização do Programa Rede Jovem, responsável pela criação do projeto Wikimapa, que desde 2009 já mapeou diversas comunidades do município do Rio, da Baixada Fluminense e até de São Paulo, onde chegou à favela do Capão Redondo.

Tecnologia social voltada para o desenvolvimento de áreas marginalizadas, o Wikimapa é um mapa virtual colaborativo, que além da cartografia de ruas, becos e vielas assinala pontos de interesse nas comunidades. A edição é feita por diversos participantes, através da internet ou do telefone celular.

“A ideia é ser colaborativo, é garantir que todo mundo produza e insira conteúdo, e que isso não passe por uma moderação”, explica a géografa Natália Aisengart Santos, diretora executiva do Programa Rede Jovem. De acordo com outra diretora do programa, a antropóloga Patricia Azevedo, o importante é que a inserção de informações nos mapas virtuais se dá a partir da mobilização comunitária.

“A gente podia chegar numa vendinha, se apresentar como do Wikimapa e dizer 'eu quero botar sua vendinha no mapa'. Só que issso para a gente não faz muito sentido. A gente quer, na verdade, que as pessoas que moram no local digam o que têm, o que é legal e o que não é legal”, diz Patrícia.

O documentário também apresenta iniciativas de mídia independente nas favelas, como a Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc), projeto do Observatório de Favelas no Complexo da Maré, e o site Viva Rocinha. Histórias de moradores que lutam por suas comunidades e iniciativas de desenvolvimento econômico local, como o turismo nas favelas, também são mostradas no filme.


Fonte: Agência Brasil


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