Estudo afirma que oceanos podem ficar até 170% mais ácidos ainda
neste século, ameaçando a sobrevivência de 30% das espécies marinhas.
A acidificação dos oceanos já é vista como um grave problema há
várias décadas, mas saber a total extensão do fenômeno sempre foi um
desafio para pesquisadores. Agora, um painel de cientistas parece ter
conseguido traçar um panorama da situação atual, e ele é muito pior do que se esperava.
Produzido durante o terceiro “Simpósio sobre Oceanos em um Mundo Rico
em CO2”, que reuniu 540 especialistas de 37 países em setembro, o novo
estudo é uma coletânea do que de mais relevante foi publicado sobre o
assunto em periódicos científicos.
Segundo o documento, as atividades humanas estão adicionando 24
milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) aos oceanos todos os
dias. O resultado disto é que hoje as águas são 26% mais ácidas do que
eram em 1880.
Se continuarmos no ritmo atual de emissão de gases do efeito estufa
(GEEs), até o fim do século os oceanos estarão 170% mais ácidos,
colocando em risco serviços ecossistêmicos fundamentais para as milhões
de pessoas que vivem dos mares e ameaçando pelo menos 30% das espécies
marinhas.
De acordo com o estudo, em nenhum momento nos últimos 300 milhões de
anos os oceanos tiveram uma taxa tão rápida de acidificação.
Estimativas de mudança no pH, a linha azul mostra um cenário de baixas emissões e a vermelha, de altas emissões.
Os impactos disso já podem ser claramente vistos na deterioração dos
recifes de corais, que são essenciais para a biodiversidade marinha, mas
que estão sofrendo com o processo de “branqueamento” por todo o mundo.
“Se a sociedade continuar com essa trajetória de altas emissões, os
recifes de corais de águas geladas, localizados em águas profundas, se
tornarão insustentáveis. Além disso, a erosão dos recifes de corais
tropicais deve ficar mais rápida do que a capacidade desses organismos
de se recuperarem”, explicou Wendy Broadgate, uma das autoras do estudo e
diretora do Programa Geosfera-Biosfera Internacional.
O trabalho será entregue na Conferência do Clima das Nações Unidas de Varsóvia (COP 19), que está em andamento na Polônia.
“Nós podemos dizer agora com grande confiança que a acidificação dos
oceanos significa que devemos nos preparar para significantes perdas
econômicas e de serviços ecossistêmicos. Mas também sabemos que se
conseguirmos reduzir as emissões poderemos frear a acidificação. Essa é a
mensagem que queremos levar para a COP 19”, afirmou Ulf Riebesell,
principal autor do estudo.
Fonte: CarbonoBrasil.
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