É até difícil ter 
que falar de sua importância. De tão óbvio chega a ser redundante: 
lembrar o quanto esse bem natural é essencial para a nossa existência. 
Mas o fato é que a água sofre com o desprezo e os maus-tratos 
generalizados. São governos, empresas e populações que consideram, ou 
melhor, não consideram a água como algo indispensável e fundamental.
Cheguei a usar o bom humor ao retratar uma fictícia animação “Rebelião das Águas” (disponível clicando AQUI) para ressaltar o quanto devemos cuidar da água, pois, sem ela, nós não sobreviveríamos.
Em sala de aula e palestras costumo dizer que o petróleo é visto como
 mais importante que a água, pois rende royalties e é reverenciado como 
riqueza, enquanto a água, coitada, é usada de modo muitas vezes 
aviltante, até mesmo para varrer calçadas, lavar carros, além de outros 
incontáveis absurdos.
E longe de mim falar mal do petróleo! Ele foi e é responsável por 
importantes avanços e grandes progressos da humanidade. Mas faça um 
simples exercício: se o petróleo simplesmente desaparecesse de uma hora 
para outra, o que aconteceria? No mínimo um grande caos e a quebra de 
economias pelo mundo afora, entre outras terríveis consequências. Agora,
 pense o mesmo para a água. Qual o resultado? Somente a extinção da vida
 no planeta. Aí pergunto novamente: o que é mais importante, a água ou o
 petróleo?
Prejuízo em números: desperdício de água tratada causa perda de bilhões de reais
Tanta obviedade sobre os cuidados que deveriam ser tomados já 
deveriam ter sido percebidos, assimilados e corrigidos. Se a água sofreu
 agressões e contaminações, se em muitas partes do mundo ela já se 
tornou escassa e se nas grandes regiões metropolitanas do país é 
necessário buscar o líquido em lugares cada vez mais distantes, temos 
agora consciência dos desafios e das ações urgentes para mudar essa 
realidade?
Infelizmente parece que ainda não! Pesquisa divulgada recentemente 
pelo Instituto Trata Brasil constatou que, as empresas responsáveis pelo
 tratamento de água no Brasil, perdem em média 35,7% ou cerca de 10 
bilhões de reais de faturamento causados por vazamentos, ligações 
clandestinas e problemas de medição, entre seus principais fatores.
Os problemas de vazamento decorrem da idade avançada e falta de 
manutenção de boa parte das instalações e encanamentos existentes. As 
maiores perdas ocorrem no Norte (51,55%) e no Nordeste (44,93%), regiões
 nas quais as suas populações estão acostumadas a sofrer muito com 
problemas de abastecimento de água.
A título de comparação, no Japão, o desperdício das empresas de tratamento de água não passa de 3%.
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, as perdas de água e
 de faturamento representam um dos maiores desafios para a expansão das 
redes de distribuição de água e até mesmo para a ampliação do saneamento
 básico no Brasil. O dinheiro que deixa de entrar no caixa das empresas 
poderia ser utilizado para obras de infraestrutura, mas escorre junto 
com a preciosa água, pelos buracos da ineficiência.
Pouco a comemorar, mas muito por fazer
O dia 22 de março é o Dia Mundial da Água. Mas em 2013 as Nações 
Unidas foram além e proclamaram o Ano Internacional da Cooperação da 
Água, visando chamar a atenção de todos para a importância de se fazer o
 manejo sustentável dos recursos hídricos.
E já que todos os dias do ano foram destinados a pensar sobre o 
melhor uso e interromper o grande ciclo de bobagens feito até hoje, 
talvez seja hora de reverencia-la destinando a ela, água, todo o 
respeito e carinho que sempre fez por merecer. Da próxima vez que olhar 
para esse líquido tão familiar ao nosso corpo, reflita sobre seus 
hábitos, a maneira como interage e utiliza esse insumo poderoso e vital.
 Tenho certeza que a partir dessa reflexão estará sendo construída uma 
nova relação de amor feliz e sustentável.
Água é vida! Um brinde à nossa saúde!
Reinaldo Canto é jornalista especializado em 
Sustentabilidade e Consumo Consciente e pós-graduado em Inteligência 
Empresarial e Gestão do Conhecimento. Passou pelas principais emissoras 
de televisão e rádio do País. Foi diretor de comunicação do Greenpeace 
Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo 
Consciente e colaborador do Instituto Ethos. Atualmente é colaborador e 
parceiro da Envolverde, professor em Gestão Ambiental na FAPPES e 
palestrante e consultor na área ambiental.
Fonte: Carta Capital.
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